Vitrificação de embriões Mus domesticus domesticus contidos em volumes diferentes de 9,0 M de etileno glicol

Autores

  • Sabrina Silveira Assaf Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária da Unesp – Botucatu
  • José Luiz Rodrigues Professor titular – Laboratório de Embriologia e Biotécnicas de Reprodução da Faculdade de Veterinária da UFRGS – Caixa Postal 15004 – 91501-970 – Porto Alegre, RS.

Palavras-chave:

vitrificação, embriões murinos, envase, estocagem, etileno glicol

Resumo

Os experimentos tiveram como objetivo determinar a taxa de eclosão dos embriões vitrificados em volumes diferentes de 9,0M de etileno glicol. Simultaneamente, testaram-se dois procedimentos de estocagem dos fios de teflon, denominados caixade aço inoxidável e globete/raque. No experimento I, os 881 embriões coletados foram distribuídos em 4 tratamentos: tratamento1 (T1 = controle): 307 embriões foram cultivados in vitro em meio PBSm, acrescido de 0,4% de BSA; tratamento 2 (T2): 292embriões foram expostos à solução de glicerol 10% acrescida de 0,4% de BSA, envasados em palhetas de 0,25 mL esubmetidos ao congelamento pelo método rápido em Biocool®; tratamento 3 (T3): 138 embriões foram expostos durante 2minutos à solução de desidratação (10% de EG + 6% BSA em PBSm) e então transferidos para a solução de vitrificação (50%de EG + 6% de BSA em PBSm), onde permaneceram por 30 segundos sendo após transferidos para o volume de 1 μL nointerior de um fio de teflon, medindo 0,4mm de diâmetro, 2,0cm de comprimento e 0,05mm de espessura. Os fios foramacondicionados em uma caixa de aço inoxidável para serem armazenados em nitrogênio líquido; tratamento 4 (T4): 144 embriõesforam expostos à solução de desidratação (10% de EG + 6% BSA em PBSm) e após 2 minutos, foram transferidos para asolução de vitrificação (50% de EG + 6% BSA em PBSm), onde permaneceram por 30 segundos e foram colocados em volumede 1 μL no interior do fio de teflon. Os fios de teflon foram estocados em globetes unidos às raques e mantidos em nitrogêniolíquido. Após o aquecimento, os embriões foram cultivados em PBSm suplementado com 0,4% de BSA. As taxas de eclosãoembrionária observadas foram: T1=79,80% (245/307); T2=40,07% (117/292); T3=39,13% (54/138) e T4=25,69% (37/144).No segundo experimento 747 embriões foram distribuídos em 3 tratamentos: tratamento 1 (T1= controle): 80 embriões foramcultivados in vitro em meio KSOM acrescido de 0,4% de BSA; tratamento 2 (T2): 334 embriões expostos em solução de glicerol10% acrescida de 0,4% de BSA, foram envasados em palhetas de 0,25 mL e submetidos ao congelamento pelo métodorápido em Biocool®; tratamento 3 (T3): 333 blastocistos foram expostos durante 2 minutos à solução de desidratação (10% deEG + 0,4% BSA em PBSm) e então transferidos para tubos eppendorf de 2,0 mL contendo a solução de vitrificação (50% de EG+ 0,4% BSA em PBSm). Após o cultivo in vitro, as taxas de eclosão embrionária observadas nos 3 tratamentos foramrespectivamente: 88,75% (71/80), 42,22% (141/334) e 19,82% (66/333). Baseado nesses resultados conclui-se que embriõesMus domesticus domesticus submetidos à técnica de vitrificação após exposição à solução de 9,0 M de etileno glicol e envaseem fios de teflon assegurou índices satisfatórios de sobrevivência embrionária. As taxas de sobrevivência dos embriões Musdomesticus domesticus foi independente do procedimento de estocagem em botijão de nitrogênio líquido. A vitrificação emsolução de 9,0 M de etileno glicol com envase em tubos eppendorf não foi eficiente para promover altas taxas de sobrevivênciaembrionária, mas proporcionou segurança biológica aos embriões durante o armazenamento.

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Publicado

2006-05-30

Edição

Seção

Reprodução Animal