Contaminação mercurial em pescado capturado na lagoa Rodrigo de Freitas – Rio de Janeiro, Brasil

Autores

  • Micheli da Silva Ferreira Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária – Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal –- Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense.
  • Eliane Teixeira Mársico Departamento de Tecnologia dos Alimentos. Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense. Rua Vital Brazil Filho, 64. Niterói/RJ. 24.230-340. Brasil.
  • Sérgio Carmona de São Clemente Departamento de Tecnologia dos Alimentos. Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense. Rua Vital Brazil Filho, 64. Niterói/RJ. 24.230-340. Brasil.
  • Renata Jurema Medeiros Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária – Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal –- Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense.

Palavras-chave:

mercúrio, lagoa Rodrigo de Freitas, peixes, cracas, siris

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de contaminação mercurial em alguns representantes da biota aquática desteecossistema. Foram analisados 24 exemplares de acará (Geophagus brasiliensis), 18 de tainha (Mugil sp.), 18 de robalo(Centropomus sp.), 10 de siris (Callinectes sp.) e 10 pools de cracas (Balanus sp.). Para a determinação da concentração demercúrio total, utilizou-se o analisador Bacharach Coleman, modelo MAS-50 B, baseado na técnica de espectrofotometria deabsorção atômica por arraste de vapor a frio. O tratamento constou de uma análise descritiva simples e comparação dasmédias de concentração de Hg Total obtidos em cada porção estudada por análise de variância e pelo teste não-paramétricode Friedman, com objetivo de comparar a magnitude das variações. Outra análise estatística utilizada para interpretação dosresultados foi o Coeficiente de Correlação de Pearson, onde foi medido o grau de correlação entre duas variáveis. Os teoresmédios encontrados foram 0,015 mg.g-1 (0,001-0,105) nos exemplares de acará; 0,011 mg.g-1 (0,002-0,063) nas tainhas; 0,025mg.g-1 (0,015-0,041) nos robalos; 0,023 mg.g-1 (0,012-0,056) nos siris; e 0,057 mg.g-1 (0,042-0,075) nas cracas. Não foi encontradacorrelação entre o teor de Hg e tamanho e/ou peso das amostras em nenhum organismo estudado. Embora os valoresobtidos estejam abaixo do limite máximo permitido pela legislação brasileira, de 0,5 ppm e 1,0 ppm para predadores, é deextrema importância a monitorização dos teores de Hg na lagoa. Desta forma, os resultados servem de subsídios para umaação dos órgãos da saúde pública quanto à liberação ou não do consumo de pescado deste ecossistema.

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Publicado

2006-05-30

Edição

Seção

Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal