Ações de controle populacional de cães não domiciliados realizadas pelo poder público em municípios do Rio de Janeiro, Brasil (2012-2013)
Mots-clés :
vigilância em saúde, população canina, eutanásia, educação em saúde.Résumé
A grande densidade populacional de cães não domiciliados é uma realidade nos municípios brasileiros, trazendo problemas à
ordem urbana e à saúde coletiva. Este trabalho descreve as ações desenvolvidas pelos órgãos de saúde dos municípios do Rio
de Janeiro, no período 2012-2013, visando ao controle populacional de cães não domiciliados. Após a seleção de uma amostra
estatisticamente significativa, composta por 47 municípios, houve a aplicação de questionário aos responsáveis pelos serviços de
controle de zoonoses desses municípios. Somente 46,8% (n=22) realizavam alguma ação relacionada ao controle populacional.
As principais ações desenvolvidas eram as atividades educativas sobre guarda responsável, a esterilização gratuita e os projetos
de adoção, mesmo assim presentes em menos de 30% dos municípios. Já o recolhimento sistemático com posterior eutanásia
não é mais uma prática frequente no Estado do Rio de Janeiro, não tendo sido relatado por nenhum município avaliado. De modo
geral as poucas ações visando ao controle populacional de cães não domiciliados desenvolvidas pelos municípios avaliados, em
todas as Regiões de Saúde, eram fragmentadas e não seguiam um protocolo de atuação com ações integradas.