Prevalência de tuberculose em carcaças bovinas abatidas no Brasil sob inspeção federal, no período de 2017 a 2021
Mots-clés:
bovino, carcaça, Mycobacterium tuberculosis, prevalênciaRésumé
Objetivou-se determinar a prevalência da tuberculose bovina em carcaças abatidas em abatedouros-frigoríficos nas unidades federativas do Brasil. A coleta de dados foi realizada no SIGSIF (Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal), no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, incluindo 17 estados que apresentaram diagnósticos de tuberculose bovina nos dados de condenações registradas pelo serviço oficial. Os dados foram transferidos para o programa Microsoft Excel® para cálculo da prevalência e elaboração de tabelas e gráficos. Para observar o comportamento da ocorrência da doença ao longo dos anos, a normalidade dos dados foi determinada pelo teste de Shapiko-Wilk e posteriormente realizado o teste de correlação de Pearson. A prevalência da doença no período estudado foi de 0,133%, com as regiões sul e sudeste representando 82% de condenação nacional de carcaça e vísceras por tuberculose bovina. Os estados com maior prevalência da doença foram Santa Catarina (1,369%), Minas Gerais (0,569%), São Paulo (0,424%) e Paraná (0,421%). Entretanto, o diagnóstico da doença na inspeção post mortem de carcaças e vísceras apresentou um comportamento uniforme ao longo do período estudado, assim a sazonalidade não influenciou os dados de prevalência. A tuberculose bovina está presente no rebanho bovino brasileiro, e a inspeção post mortem é uma ferramenta fundamental para o monitoramento epidemiológico da doença e mitigação de riscos à saúde pública.