Biópsias endometriais de éguas: avaliação imuno-histoquímica e definição de protocolo

Résumé

A imuno-histoquímica é uma importante técnica de diagnóstico e na Medicina Veterinária ainda se faz necessário a realizaçãode testes para padronização dos anticorpos a serem utilizados. O objetivo deste estudo foi avaliar e descrever a imunomarcaçãode anticorpos anticomponentes celulares e da matriz extracelular humana, como o antivimentina, antidesmina, anti-PCNA,anti-CK20 e antialfa actina de músculo liso, após padronizações na técnica, em amostras de biópsia endometrial de égua.Duas amostras endometriais de vinte éguas foram coletadas. Uma delas foi fixada em formol tamponado a 10% e a outraem Bouin, para processamento e inclusão em parafina e coloração em HE, tricrômico de Gomori, reticulina e imunohistoquímicacom os anticorpos citados anteriormente. Ambos fixadores formol tamponado 10% e Bouin não alteraram aimunomarcação dos anticorpos estudados. Com relação à marcação destes, todos reagiram positivamente após as alteraçõesrealizadas no protocolo inicial da técnica, como no bloqueio da peroxidase endógena, recuperação antigênica e inibição dasligações inespecíficas com ajustes de tempo e temperatura. Os anticorpos antivimentina e antidesmina marcaram oendotélio dos vasos sanguíneos; o PCNA, o núcleo das células do epitélio em proliferação; o antialfa actina de músculo liso,o contorno dos ductos glandulares endometriais sugerindo miofibroblastos e o CK-20 evidenciou a queratina no epitélioglândular. A imuno-histoquímica da biópsia endometrial pode auxiliar no diagnóstico e prognóstico, fornecendo informaçõesnecessárias para uma avaliação minuciosa da capacidade reprodutiva do animal, das fases do ciclo estral e anormalidadeshormonais e para a detecção de possíveis agentes patológicos que estejam interferindo na vida reprodutiva.