Hemofilia A em um cão Dachshund: relato de caso

Autores

  • Magnus Larruscaim Dalmolin Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Luciana de Almeida Lacerda
  • Simone Tostes de Oliveira Stedile
  • Viviane Pedralli
  • Ana Cláudia Tourrucôo

DOI:

https://doi.org/10.22409/rbcv.v20i3.215

Palavras-chave:

coagulopatia, hemorragia, hemostasia, transfusão de sangue

Resumo

O objetivo deste trabalho foi relatar um caso de hemofilia clássica canina. Um cão da raça Dachshund, macho, de um ano de idade, foi atendido em hospital veterinário de ensino devido a uma intensa epistaxe há mais de um dia. O paciente apresentava membranas mucosas pálidas, hematomas no pescoço, apatia e condição corporal magra. Devido à anemia grave o cão recebeu transfusão de sangue total fresco compatível e, durante o procedimento, a hemorragia cessou. Após recuperação clínica (cerca de 20 dias), o paciente foi encaminhado para orquiectomia e um dia após a cirurgia retornou ao hospital apresentando anemia grave, hemorragia escrotal intensa e hematomas abdominais. A hemorragia foi interrompida após outra transfusão de sangue total fresco compatível. A avaliação da hemostasia identificou tempo de sangramento da mucosa bucal, tempo de protrombina e concentração do antígeno do fator de von Willebrand dentro dos valores de referência. No entanto, um prolongamento do TTPA (39 segundos) e uma redução na atividade coagulante do fator VIII (1%) foram identificados. Com estes resultados, o paciente foi diagnosticado com hemofilia A severa. Atualmente o paciente é mantido com boa qualidade de vida e os episódios hemorrágicos são controlados com sangue total fresco compatível (quando há necessidade de hemácias), plasma fresco congelado ou crioprecipitado.

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Publicado

2013-08-19

Edição

Seção

Clínica Médica e Cirúrgica