Linfocitose extrema associada à leucemia linfoblástica aguda (LLA) de células T em um cão jovem: relato de caso

Autores

  • Gabriele Barros Mothé Faculdade de veterinária, Universidade Federal Fluminense
  • Paloma Helena Sanches da Silva Hospital Veterinário, Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG, Belo Horizonte, MG
  • Sabrina Destri Emmerick Campos Departamento de Patologia e Clínica Veterinária, Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, RJ
  • Victor Nowosh Departamento de Patologia, Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, SP
  • Nayro Xavier de Alencar Departamento de Patologia e Clínica Veterinária, Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, RJ

Palavras-chave:

linfócitos atípicos, linfócitos T, mielograma, PCR para rearranjos de receptores de antígenos

Resumo

A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é uma enfermidade de origem linfóide e consiste na proliferação de células neoplásicas na medula óssea. O objetivo desse trabalho é relatar o caso de um cão macho, sem raça definida, de apenas um ano de idade, atendido no Hospital Universitário de Medicina Veterinária Prof. Firmino Mársico Filho (HUVET) da Universidade Federal Fluminense (UFF) com queixa principal de inapetência e diarreia há três dias e que foi diagnosticado com essa neoplasia por meio da sintomatologia clínica, resultados do hemograma e do mielograma. O paciente apresentava valores exacerbados de linfócitos (553.094 células/ µL), além de anemia, trombocitopenia, hipoalbuminemia e elevação da atividade das enzimas fosfatase alcalina e ALT. Foram observadas manchas de Gümprecht, linfócitos atípicos apresentando anisocitose, anisocariose, intensa basofilia citoplasmática e monócitos ativados. O mielograma apresentou também um aumento de linfócitos e contagem de linfoblastos superior a 30% na medula, confirmando o diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda. Ademais, posteriormente, foi realizado exame de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) para rearranjos de receptores de antígenos e foi detectado clonalidade para linfócitos T. O animal foi submetido à quimioterapia (protocolo com ciclofosfamida, vincristina e prednisona) mas não resistiu à gravidade do quadro, vindo a óbito após a primeira sessão, pouco tempo após o diagnóstico. 

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Publicado

2020-03-03

Edição

Seção

Clínica Médica e Cirúrgica