Modelo anatômico para treinamento de colheita de líquido cerebroespinhal e mielografia em cadáveres de cães quimicamente preparados

Modelo Anatômico para Colheita de Líquido Cerebroespinhal e Mielografia em Cães

Autores

Resumo

É essencial e imperioso ter critério quanto ao uso de animais em pesquisa e atividades de ensino e, consequentemente, buscar métodos alternativos que não causem prejuízo acadêmico ou científico. Para que não ocorra deterioração dos tecidos, a fixação e conservação de peças anatômicas e cadáveres devem ser realizadas. Objetivou-se, com este estudo, desenvolver um modelo anatômico para treinamento de colheita de líquido cerebroespinhal (LCE) e mielografia, nas regiões cervical e lombar. Os cães foram divididos em quatro grupos contendo oito animais cada e armazenados entre 2ºC e 6ºC, por 30, 60, 90 ou 120 dias. Foi realizada durotomia para implantação de duas sondas uretrais, no espaço subaracnóide. A infusão manual de solução fisiológica com seringa de 20 mL foi utilizada para simular a presença do LCE e a pressão positiva, enquanto era feita a punção. Quatro cadáveres de cada grupo foram selecionados para a punção de LCE na articulação atlantooccipital e na região lombar entre L5 e L6, e quatro foram utilizados para o treinamento da punção de LCE e injeção de contraste radiográfico (mielografia). A técnica anatômica empregada possibilitou o desenvolvimento de um modelo visando ao ensino e pesquisa da radiologia em cadáveres de cães quimicamente preparados, a custo baixo e sem utilização de produtos tóxicos, mantidos sob refrigeração por 120 dias. Com isso, um máximo de 15 alunos podem ser treinados em punção do LCR, permitindo mielografia cervical e lombar com 30 perfurações por cadáver.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andrea Barros Piazzon de Souza Queiroz, UNESP

Médica Veterinária, Doutora em Cirurgia Veterinária

 

Downloads

Publicado

2023-04-20

Edição

Seção

Clínica Médica e Cirúrgica