Alegoria e testemunho em “Muana Puó” (1969), romance de Pepetela

Autores

  • Wilberth Salgueiro Universidade Federal do Espirito Santo

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v5i11.29677

Palavras-chave:

Pepetela. Muana Puó, testemunho, Theodor Ador¬no, literatura angolana

Resumo

Muana Puó foi o primeiro romance escrito por Pepetela, em 1969, embora tenha sido publicado somente em 1978. O título se refere a uma máscara tchokuê, que simboliza o rito de passagem à vida adulta, e que serviu de mote para o escritor angolano elaborar sua alegoria a partir da luta entre corvos e morcegos, opressores e oprimidos. Num artigo de 1987, sobre essa narrativa, afirmei que “adotar como justificativa a posição de oprimidos, para explicar o uso de uma linguagem a serviço, engajada e até mesmo panfletária, julgamos inaceitável”. Em 2012, vinte e cinco anos depois, re­leio o romance sob o prisma do testemunho, reavaliando as relações entre ética e estética, contando, agora, com o apoio de reflexões de Adorno em “O que significa elaborar o passado” (1959) e de análises de Marcelo Cae­tano (“O enigma de Muana Puó”, 2004) e de Laura Padilha (“A força de um olhar a partir do Sul”, 2009).

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Publicado

2013-11-30

Como Citar

Salgueiro, W. (2013). Alegoria e testemunho em “Muana Puó” (1969), romance de Pepetela. Abril – NEPA / UFF, 5(11), 305-317. https://doi.org/10.22409/abriluff.v5i11.29677