De imagem em imagem

Autores

  • Rosa Maria Martelo Universidade do Porto – Portugal

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v5i9.29698

Palavras-chave:

poesia, década de 60, imagem, metáfora

Resumo

Há 50 anos, a poesia portuguesa atribuía à imagem um papel matricial. Em registos muito diversos, os poemas valorizavam formas de experimentação discursiva nas quais a imagem surgia como motor de conhecimento, e mesmo de epifania. Interrogava-se a visão e as visões (Fiama), ou combinava-se o visionarismo e a falência da visão (Luiza Neto Jorge). Pretendia-se pensar “no âmago das imagens” (Fiama, novamente), ou aguardava-se “o dom apenas de uma imagem”, como diria mais tarde um verso de Herberto Helder. Retrospectivamente, ao recordar os anos de Poesia 61, Gastão Cruz resumiu esta inflexão em poucas palavras: “era de imagens que nós achávamos que a poesia vivia”. Sendo incontáveis os sentidos da palavra imagem, valerá a pena perguntar que imagens eram estas. A que se devia o seu protagonismo? Como funcionavam? Que mundos pretendiam descobrir? Eis as questões que procuro equacionar, acentuando a condição “profusa”, plural, da imagem poética ainda quando pensada como uma imagem (no singular).

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Publicado

2012-11-19

Como Citar

Martelo, R. M. (2012). De imagem em imagem. Abril – NEPA / UFF, 5(9), 15-26. https://doi.org/10.22409/abriluff.v5i9.29698