Imagens do ominoso em "Outronome", de Gastão Cruz

Autores

  • António Carlos Cortez Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v4i8.29725

Palavras-chave:

Ominoso, decadência/tragédia, melancolia

Resumo

Interrogaremos neste ensaio a questão do ominoso em Outro Nome (1965), de Gastão Cruz e a expressão tenebrosa do real nestas dez canções. Procu­raremos ver as condições de possibilidade de uma figuração textual negati­va; quais os sentidos da decepção, da angústia e da melancolia no contexto de produção de Outro Nome. Como se engendram à luz da poética do autor (convocando, sempre que possível, outros poemas da sua obra) o palimp­sesto camoniano e o efeito citacional. Procura-se também entender de que forma a construção de cenários negros e deceptivos concorre para uma interpretação do tempo histórico (o fascismo português). Que processos retóricos firmam, nestas composições, uma linguagem neo-maneirista e uma visão do mundo toldada por uma “tenebritas”, à luz da qual os lugares convocados para o texto são lugares onde o mal, a tristeza, o assombroso exigem uma linguagem árida, obsessiva e tensional. 

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Biografia do Autor

António Carlos Cortez, Universidade de Lisboa

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Publicado

2012-04-16

Como Citar

Cortez, A. C. (2012). Imagens do ominoso em "Outronome", de Gastão Cruz. Abril – NEPA / UFF, 4(8), 95-112. https://doi.org/10.22409/abriluff.v4i8.29725