Noites nada mornas de Dina Salústio: a oportunidade do diálogo

Autores

  • Maria Teresa Salgado Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v1i1.29835

Palavras-chave:

Dina Salústio, valorização da experiência, narradora, tensão, ficcionista

Resumo

A partir de alguns dos contos de Mornas eram as noites, da ficcionista cabo-verdiana Dina Salústio, procuro discutir, com auxílio de Walter Benjamin e Tzvetan Todorov, as declarações de algumas escritoras africanas na contemporaneidade. Refiro-me não só a Salústio, mas também a poetas e ficcionistas africanas que testemunham sua dificuldade em assumir-se como escritoras na atualidade, reivindicando a condição de contadoras de estórias ou porta-vozes de experiências, atestando, dessa forma, uma valorização da emoção. Concluo que os contos de Salústio renovam significativamente a ficção caboverdiana, dramatizando a tensão entre ficção e sociedade, por meio de um narrador absolutamente comprometido com as experiências das personagens que flagra no mundo circundante – mulheres, crianças e homens desvalidos -, ao mesmo tempo em que promovem uma releitura de temas tradicionais da literatura cabo-verdiana, como insularidade, evasão e miséria.

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Publicado

2008-08-19

Como Citar

Salgado, M. T. (2008). Noites nada mornas de Dina Salústio: a oportunidade do diálogo. Abril – NEPA / UFF, 1(1), 36-40. https://doi.org/10.22409/abriluff.v1i1.29835