Littérature de parti et écriture normative : l’oeuvre de Manuel Tiago/Álvaro Cunhal
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v7i14.29853Palavras-chave:
roman à thèse communiste/romance de tese comunista, écriture normative/escrita normativa, transparence/transparência.Resumo
Tout roman à thèse communiste, comme tout conflit idéologique, répartit l’humanité en bons et en méchants, ce qui donne lieu à une axiologie binaire : c’est ce que l’on observe dans l’œuvre de Manuel Tiago dont l’écriture est explicative et normative. L’auteur, d’ailleurs, recourt fréquemment à la modalité déontique, qui caractérise le normatif, ainsi qu’aux commentaires évaluatifs, et donc à la modalité épistémique. Son premier roman, Até Amanhã, Camaradas, écrit sous la dictature salazariste, a servi de manuel aux membres du PCP qui devaient se transformer en « révolutionnaires professionnels » en luttant dans la clandestinité.
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LITERATURA DE PARTIDO E ESCRITA NORMATIVA: A OBRA DE MANUEL TIAGO/ÁLVARO CUNHAL
Todo o romance de tese comunista, assim como todo o conflito ideológico, divide a humanidade em bons e maus, o que dá origem a uma axiologia binária : é o que se verifica na obra de Manuel Tiago cuja escrita é explicativa e normativa. O autor, aliás, recorre frequentemente à modalidade deôntica, que caracteriza o normativo, bem como aos comentários avaliadores e, consequentemente, à modalidade espitémica. O seu primeiro romance, Até Amanhã, Camaradas, escrito sob a ditadura salazarista, serviu de manual para os membros do PCP que deviam transformar-se em « revolucionários profissionais », lutando na clandestinidade.
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Artigo em francês.
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