<i>Ursamaior,</i> de Mário Cláudio: sete estrelas, um corpo cadente
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v9i18.29926Palavras-chave:
Mário Cláudio, violência física, sublimação pela arte.Resumo
No ano 2000, o escritor português Mário Cláudio lança Ursamaior, romance que não escapa à tendência do autor de ficcionalizar dados do real. O livro, juntamente com Oríon (2003) e Gémeos (2004), compõe o que Maria Theresa Abelha Alves denomina a “Trilogia das Constelações”. O primeiro elemento desse tríptico romanesco expõe diversas formas de violência, entre as quais uma desgastante cena de estupro sofrida por Jorge, última estrela a compor a constelação de Ursamaior. Partiremos, portanto, dessa cena, de modo a refletir sobre o papel preponderante do lúdico sobre o corpo enlutado, aos moldes do que propõe, por exemplo, Walter Benjamin, na Origem do drama barroco alemão. Igualmente, procuraremos enfatizar o jogo intersemiótico que estabelece diálogo entre a literatura e outras linguagens artísticas, neste romance, notadamente, o cinema. Por fim, a escrita será entendida como forma de sutura de almas e corpos dilacerados, ou ainda como forma de reorganização do caos, destacando-se o caráter neobarroco do par luto-jogo, além da autorreflexão e da metalinguagem como estratégias textuais não raro evidenciadas pelas obras marioclaudianas.
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