A captura do tempo na escrita babilônica De António Lobo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v9i19.29934Palavras-chave:
narrativa contemporânea, personagens, instabilidade temporal.Resumo
A concepção do romance Ontem não te vi em Babilónia, de António Lobo Antunes, ao subverter os modelos clássicos de narração, instaura, em seu projeto de escrita, o emprego de recursos como os múltiplos pontos de vista narrativo, que combinam e (re)ordenam o testemunho das personagens de forma contínua, impossibilitando que o leitor se ampare em uma única e acabada versão dos fatos. A elaboração do tempo ficcional, nessa perspectiva, embora seja organizada de forma linear, uma vez que o romance se estrutura em capítulos que correspondem a uma hora específica no transcorrer de uma indelével madrugada, operacionaliza, por meio da percepção das personagens e dos recurso mnemônicos que utilizam para (des)organizar as suas lembranças, a experiência da eternidade. A análise dos marcadores temporais que, em conformidade com Paul Ricoeur, estão aliados à construção de um tempo eterno e inapreensível, constituI o nosso objeto de estudo, o qual se volta para uma escrita que, com insistência, questiona a sua própria forma, limites e finalidades.
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