De Luanda para Lisboa: 'o retorno', de Dulce Maria Cardoso, e os restos do império

Autores

  • Luca Fazzini Pontifícia Universidade Catolica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v10i20.29957

Palavras-chave:

Guerra Colonial, Imaginário Coletivo, História e Literatura

Resumo

De acordo com quanto analisado por Jacinto do Prado Coelho em Originalidade da literatura portuguesa, o imaginário coletivo lusitano apoiou-se, ao longo dos séculos, numa série de referências provenientes da literatura. A própria historiografia portuguesa, durante muito tempo, constituiu-se tendo como fonte primária a literatura: mitos, memórias, crónicas e relatos de viagem participaram tanto da construção da história oficial pelo poder, quanto daquela que pode ser definida a poética da Nação portuguesa – durante década ao serviço da ideologia imperial propagandeada pelo Estado Novo. No entanto, a partir do ano de 1974, com o fim da ditadura salazarista e da chamada Guerra Colonial, a literatura passou a encenar o momento da perda, o epílogo da longa tradição ultramarina. Passou a interrogar os fantasmas e as fantasias imperiais ̶ retomando a expressão de A. P. Ferreira e M. C. Ribeiro. Tendo, portanto, como ponto de partida a estrita ligação, em Portugal entre literatura, historiografia e imaginário coletivo, com o presente artigo pretendo oferecer uma análise crítica do romance O retorno (2011), de Dulce Maria Cardoso, que vise indagar, questionar os restos do império.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/abriluff.2018n20a470

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Publicado

2018-06-04

Como Citar

Fazzini, L. (2018). De Luanda para Lisboa: ’o retorno’, de Dulce Maria Cardoso, e os restos do império. Abril – NEPA / UFF, 10(20), 169-186. https://doi.org/10.22409/abriluff.v10i20.29957