A morte e o “eu”: poesia e outras artes no último Herberto Helder

Autores

  • Fernando Velasco Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v11i22.29982

Palavras-chave:

Herberto Helder, morte, estilo tardio.

Resumo

Os últimos livros de Herberto Helder contêm inflexões significativas em relação ao conjunto de sua obra. No cerne das mudanças, está a renovação das formas de uma noção desde sempre central para a escrita do poeta: a de morte. O último Herberto Helder, então, se abre ao convívio entre diferentes ideias de morte, às quais correspondem diferentes regimes da poesia. Neste sentido, a interação entre diferentes regimes da morte afeta, por um lado, os regimes da autoria, as concepções do “eu” e o pacto de leitura propostos pelo poema e, por outro, as relações que a escrita mantém com duas noções que a estruturam: as de tempo e de imagem. O conceito de “estilo tardio”, desenvolvido por Theodor Adorno e, depois, por Edward Said, se oferece como instrumento de análise das articulações entre morte, tempo e imagem nos momentos finais da poesia de Herberto Helder, interrogadas a partir das relações que estabelece ou permite estabelecer com a música, o cinema e a fotografia.

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Biografia do Autor

Fernando Velasco, Universidade do Porto

Doutorando em Estudos Literários, Culturais e Interartísticos pela Universidade do Porto, onde integra o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa. Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Roteirista de cinema e televisão.

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Publicado

2019-06-23

Como Citar

Velasco, F. (2019). A morte e o “eu”: poesia e outras artes no último Herberto Helder. Abril – NEPA / UFF, 11(22), 51-61. https://doi.org/10.22409/abriluff.v11i22.29982