Dizer-se, autografar-se: evocando Mário Cesariny
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v11i22.29986Palavras-chave:
Literatura portuguesa, poesia contemporânea, Mário Cesariny.Resumo
Em sua obra escrita, Mário Cesariny recorre à metalinguagem característica das artes poéticas para nela inscrever uma reflexão acerca das figurações do poeta e da potência criadora da palavra poética. Dobrando-se sobre si mesmos, seus poemas se abrem a uma dinâmica na qual a voz poética simultaneamente tem e não tem origem naquele que se lança à escrita. Este artigo se ocupa da leitura de três poemas de Cesariny nos quais o autoendereçamento ou a autodescrição emergem como temas principais, articulando-os a textos de T. S. Eliot, Éric Benoit e Dominique Combe que se ocupam do problema origem da voz poética.
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