O soneto camoniano no corpo da poesia brasileira contemporânea: Glauco Mattoso, autor-leitor de uma tradição inacabada
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v11i23.30278Palavras-chave:
Poesia Luso-brasileira, Camões, Glauco Mattoso.Resumo
O soneto escrito em língua portuguesa, depois de Luís de Camões, constitui sempre forma ético-estética que responde – retomando, negando, transformando – ao nome mais tradicional da lírica lusófona. Este artigo debruça-se sobre sonetos do poeta brasileiro contemporâneo Glauco Mattoso, cuja escrita caleidoscópica opera uma significativa metamorfose em poemas antropofagicamente incorporados em suas produções. Antropofagia que permite à poética glauquiana visitar (e reinventar) a alta tradição dessa forma lírica, icônica com Petrarca, Camões, Bocage e Bilac. Elegemos dois poemas como centrais em nossa análise: “Bilacamonia” (1981) e “Soneto Bocágico-Camônico” (1999). Os títulos anunciam referências várias de leitura, que tecem uma rede de multiplicidade, característica da escrita de Mattoso. As publicações brasileiras do final do século XX suscitam trânsito poético por diferentes períodos e tradições – que se revelam inacabadas, no sentido preconizado por Mikhail Bakhtin, na medida em que se desdobram e se revitalizam na cultura de todos os tempos. Neste esforço, atuam, ainda, como interlocutores teóricos, Danto (2006), sobre apropriação, e Perloff (1993), acerca da colagem. Assim, propomos uma leitura combinada do passado e da atualidade no corpo vivo dos versos.
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