João Melo e a poética da violência: breve análise da obra Autorretrato

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v12i25.43128

Palavras-chave:

João Melo, Poesia, Violência, Pós-Colonialismo, Resistência.

Resumo

Reconhecido contemporaneamente pela crítica especializada como marco da poesia angolana pós-independência, e ainda pouco lido no Brasil, o poeta João da Silva Melo, nascido em 1955, em Luanda, Angola, entra para a litera­tura canônica de seu tempo com uma obra que, aparentemente alienada do Realismo, irá se mostrar via de denúncia social por meio de uma sofisticada estética. A ideia central deste artigo é propor uma focalização mais atenta, entre os vários temas suscitados pelo poeta, para a importância da violência como tópico da representação do cotidiano angolano em sua condição de país periférico. Contribuem para a reflexão críticos como Seligmann-Silva (1999), especialmente na compreensão do testemunho e da ironia vistos em Autorretrato (2007). Neste diálogo, também se apresenta como relevante para o entendimento da obra de Melo e seu caráter de resistência a Dialética negativa, de Theodor Adorno (2018).

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Biografia do Autor

Debora Ribeiro Rendelli, UFSCar

Professora de língua portuguesa e pesquisadora de literatura na UFSCar.

Daniel Marinho Laks, Universidade Federal de São Carlos

Professor adjunto e professor do quadro efetivo do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura (PPGLit) da Universidade Federal de São Carlos. Realizou pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense com financiamento Faperj (Bolsa Faperj Nota 10). Doutor pelo Programa de Pós-Graduação Literatura, Cultura e Contemporaneidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro com período sanduíche de doze meses na Universidade de Coimbra (2016). Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2011). E-mail: daniellaks@yahoo.com

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Publicado

2020-11-30

Como Citar

Rendelli, D. R., & Laks, D. M. (2020). João Melo e a poética da violência: breve análise da obra Autorretrato. Abril – NEPA / UFF, 12(25), 85-98. https://doi.org/10.22409/abriluff.v12i25.43128