A articulação do passado e a chave ética do testemunho em Caderno de memórias coloniais, de Isabela Figueiredo
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v13i27.49411Palavras-chave:
Memória, Testemunho, Ética, Isabela FigueiredoResumo
Caderno de memórias coloniais, de Isabela Figueiredo (2018), constitui-se como uma escrita de memórias, no qual uma narradora-personagem rememora sua infância, abrangendo o período da Guerra de Independência de Moçambique (1964-1974) e, posteriormente, o processo de mudança social e política que se dá em Portugal após o 25 de abril de 1974. O livro representa a opressão do regime colonial e a denúncia de suas violências, valendo-se de diversos recursos estéticos, com uma composição fragmentária que traduz a complexidade do testemunho inscrito. Neste artigo, nos deteremos nas reflexões sobre a memória, na retomada de temas de Levi (2016), e na elaboração do testemunho, a partir da postura ética-política que assume a narradora-personagem. Para essa discussão empenhamos crítica específica, em Silvio Renato Jorge (2015) e Daniel Laks (2019), e bibliografia geral, em Walter Benjamin (2012), Márcio Seligmann-Silva (2008) e Jeanne Marie Gagnebin (2009).
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Referências
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