Um beijo dado mais tarde e a (des)aprendizagem da leitura

Autores

  • Gisele Seeger Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i28.50971

Palavras-chave:

Maria Gabriela Llansol, Um beijo dado mais tarde, leitura, percepção

Resumo

A libertação da língua de sua habitual condição de “impostura” é um núcleo semântico disseminado por toda a obra de Maria Gabriela Llansol, mas é n’Um beijo dado mais tarde (1990) que esse núcleo encontra um espaço de “dramatização” ficcional, erigindo-se tanto em construção textual sui generis quanto em experiência dos seres que por esse texto transitam. Persigo aqui o argumento de que a imagem da leitura é nessa obra o nó semântico donde emana a troca duma língua herdada por uma voz adquirida e a principal via por que as figuras reivindicam uma percepção desautomatizada e amplificada dos textos e do(s) mundo(s). Formulações teóricas de Roland Barthes, Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser iluminam minha hipótese interpretativa.

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Biografia do Autor

Gisele Seeger, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Doutoranda em Letras – Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Seus principais interesses incidem sobre os estudos narrativos e o romance português dos séculos XX e XXI. Em 2020, defendeu dissertação de mestrado intitulada Finisterra e os modos de povoar uma paisagem: estratégias de configuração da perspectiva narrativa.

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Publicado

2022-04-15

Como Citar

Seeger, G. (2022). Um beijo dado mais tarde e a (des)aprendizagem da leitura. Abril – NEPA / UFF, 14(28), 135-147. https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i28.50971