Escrever diário: a experiência da escrita em Um falcão no punho, de Maria Gabriela Llansol
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i28.52434Palavras-chave:
diário, texto, escrita, LlansolResumo
O presente artigo tem como objetivo geral apresentar uma leitura do diário de Maria Gabriela Llansol, Um Falcão no Punho (1985). Sendo o primeiro diário publicado pela própria escritora, interessa-nos refletir sobre a experiência de “Escrever Diário”, conforme escreveu no fragmento de 15 de novembro de 1981, enquanto gesto duplo, relacionado à forma e ao método. Dessa forma, considerando o contexto de produção de Um Falcão no Punho, escrito durante o exílio na Bélgica, e que acompanha a passagem de Jodoigne à Herbais, e o projeto da escritora de renovar a literatura calcada na tradição realista, busca-se compreender de que forma o diário, a escrita no seio do cotidiano, é atravessa e incorporada como método-técnica de construção textual. Para essa leitura, apoiamo-nos na crítica específica, embasados pelos estudos de Silvina Rodrigues Lopes (1988), Pedro Eiras (2005), Maria Lúcia Wiltshire de Oliveira (2015), João Barrento (2016), entre outros.
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