Llansol e a potência da alegria
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i28.52457Palavras-chave:
Maria Gabriela Llansol], alegria, verdade, tempo, silêncioResumo
A obra de Maria Gabriela Llansol, em sua singularidade, é um investimento na alegria: polifônica, se abre a diversas outras vozes, sendo a de Baruch Spinoza a que mais claramente formula o júbli. Além disso, Llansol constrói uma experiência de liberdade que, na escrita, visita os silêncios, quase musicalmente, e elabora uma verdade de caráter libertador: é aí que a escritura llansoliana nos ajuda a ir contra opressões muito contemporâneas, como uma verborragia que nada diz e o enfraquecimento da possibilidade de verdade, uma verdade que funcione, não como ideia, mas como liga das relações humanas. Ao procurar uma verdade sem Uno, Llansol busca um tipo de narrativa que supere a violência de Iavé, aproximando-se de algum éthos dos Evangelhos e de um feminino fundador, além de uma intensa lida com o tempo, que o afasta de Cronos. A escrita llansoliana, entre a segurança, ou o equilíbrio, e a insegurança, ou o desequilíbrio, é contentamento no encontro do diverso, logo na aventura da uma alteridade sempre em expansão.
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