A escrita feminina n’O Texto-Catarina
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v14i28.52754Palavras-chave:
Escrita feminina, Feminino de ninguém, CartaResumo
O artigo propõe uma leitura de O Texto-Catarina, de Maria Gabriela Llansol, a partir dos pressupostos acerca da “escrita feminina”, de Lucia Castello Branco, articulados à figura llansoliana do “feminino de ninguém” e ao operador de mesmo nome, desenvolvido por Lucia Castello Branco, com base na figura llansoliana, com ressonâncias da teoria psicanalítica sobre a letra e o feminino. Busca-se investigar ainda a articulação de “feminino de ninguém” com o que Llansol teria sugerido na Carta ao Legente (2000), ao escrever: “Finalmente, eu passei apenas pela escrita. Palavra feminina como eu”. Levando em conta, segundo palavras da própria autora, que “um eu é pouco para o que está em causa”, arriscamo-nos na hipótese de que O Texto- -Catarina avança em direção ao que poderíamos chamar, com Llansol, de “escrita feminina de ninguém”. Espera-se, assim, numa leitura de Llansol e com Llansol, produzir um efeito de “sobreimpressão”, em que a relação entre afecção, imagem e pensamento se dê a ver num gesto textual ofertado também para Llansol, em reciprocidade ao que ela realiza na carta de 4 de julho de 1998, “para Lúcia Castello-Branco, e seus alunos”.
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