Erro e ritmo: Herberto Helder e o projeto nietzschiano de transvaloração de todos os valores
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v15i30.55862Palavras-chave:
Herberto Helder, Nietzsche, Erro, RitmoResumo
Herberto Helder é um herdeiro privilegiado de Nietzsche. Reciprocamente, a filosofia nietzschiana oferece fortes subsídios à leitura do poeta. Este ensaio pretende inventariar uma pequena fração deste rico parentesco. Para demonstrar que Herberto Helder concretiza no plano artístico a transvaloração de todos os valores que Nietzsche projeta em âmbito filosófico, são examinadas as noções helderiano-nietzschianas de “erro” e “ritmo”, a partir das quais o poeta investe sua escrita do vigor crítico e da eficácia produtiva que distinguem a obra do filósofo. Com a noção de “erro”, Herberto Helder desmantela o fundamento moral dos valores do Ocidente. Com a ideia de “ritmo”, dá forma à sua própria cosmologia, para a qual o único critério legítimo para a criação de valores é a vida, concebida como vontade de potência.
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