Eça de Queirós cronista: a rir se castigam os costumes

Autores

  • Saulo Gomes Thimóteo Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Luiz Rogério Camargo Fae Centro Universitário

DOI:

https://doi.org/10.22409/abriluff.v16i33.62813

Palavras-chave:

Eça de Queirós, Crônica, Humor, Sociedade portuguesa, Hipocrisia

Resumo

Este trabalho investiga a produção cronística de Eça de Queirós presente em As Farpas, destacando sua crítica satírica à sociedade portuguesa do século XIX. Nas crônicas, o autor expõe as máscaras sociais usando o riso como um instrumento de conscientização, a partir das contradições captadas, por exemplo, nos discursos políticos e jornalísticos vigentes. Tomando como base alguns textos da obra Uma campanha alegre, o artigo analisa como a proposta de Eça de desmascarar a hipocrisia por meio da ridicularização (algo que também estaria presente no estilo romanesco do autor) se estrutura no discurso dinâmico da crônica.

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Biografia do Autor

Saulo Gomes Thimóteo, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Professor Associado II de Teoria Literária e Literaturas de Língua Portuguesa da Uni- versidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, campus Realeza/PR. Doutor pela Universidade de São Paulo – USP.

Luiz Rogério Camargo, Fae Centro Universitário

Professor de Comunicação e Literatura da Fae Centro Universitário – Curitiba/PR. Doutor pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Formado em Letras e Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Estadual do Centro-Oeste – Unicentro.

Referências

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Publicado

2024-12-15

Como Citar

Gomes Thimóteo, S., & Camargo, L. R. (2024). Eça de Queirós cronista: a rir se castigam os costumes. Abril – NEPA / UFF, 16(33), 63-76. https://doi.org/10.22409/abriluff.v16i33.62813