Nenhum olhar: disforias de um universo em queda
DOI:
https://doi.org/10.22409/36q26k02Palavras-chave:
Reificação, Ruralidade, Morte, Distopia, NiilismoResumo
A fortuna crítica em torno do romance Nenhum Olhar (2000), de José Luís Peixoto, é relativamente extensa e abrange uma diversidade de temas, tais como o intertexto bíblico, o trágico, a morte, o duplo, a alegoria, o sobrena-tural, o grotesco, o insólito e o absurdo existencial. Este ensaio propõe uma nova leitura da obra a partir da noção de reificação, tal como ela se manifesta nos espaços físico e socioeconómico, na interioridade das personagens e nas dinâmicas das relações interpessoais. Sustento que a reificação generalizada neste universo ficcional revela uma visão profundamente distópica e fatalista do mundo.
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