A insustentabilidade do trabalho de Sísifo: Observações críticas sobre o desenvolvimento sustentável a partir do caso de Macaé-RJ
DOI:
https://doi.org/10.22409/eas.v5i1.42603Resumo
O artigo apresenta uma leitura crítica da noção de desenvolvimento sustentável a partir do caso do município de Macaé, no Estado do Rio de Janeiro. A partir de uma base teórico-metodológica da epistemologia ambiental e da ecologia política, buscou-se compreender as marcas da colonização e dependência, para então analisar a noção de desenvolvimento, metaforicamente apontada como o trabalho de Sísifo. Com essa base, foi possível destacar os limites da ideia de desenvolvimento sustentável, com uma revisão de literatura e leitura crítica dos documentos “Nosso futuro comum” e Agenda 21. Por fim, obeservou-se o caso de Macaé-RJ, município que teve um crescimento econômico de grandes proporções a partir da última década do século XX, bancado pela consolidação da indústria extrativista de petróleo no local. As contradições indentificadas entre esse crescimento e a noção de desenvolvimento sustentável mostram que o munícipio, mesmo com importantes avanços, não alcançou um desenvolvimento sustentável. Com uma revisão de literatura que trata dos indicadores e questões econômicas, sociais e de sustentabilidade, percebeu-se que Macaé - assim como Sísifo, ao rolar sua pedra, com suor a escorrer pela testa empoeirada – segue obstinada a alcançar o desenvolvimento sustentável, sem sucesso.
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