A permanência das senzalas:
analisando as fronteiras do mercado de trabalho para mulheres negras no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22409/eas.v4i2.44359Resumo
Resumo:
Diversos campos das ciências sociais estudam as marcas de nossa história colonial no Brasil de hoje. A partir do retrato impresso em Casa Grande e Senzala sobre as relações sociais da época e sobre a hierarquização entre gênero e raça, esta pesquisa pretende relacionar as posições ocupadas pelas mulheres negras ontem e hoje no sistema produtivo vigente, utilizando-se, primeiramente, dados secundários recentemente publicados de forma a contextualizar o cenário. Posteriormente, serão analisadas reportagens e dados atuais a respeito da mulher negra no mercado de trabalho brasileiro, traçando um paralelo com a realidade histórica trazida por Freyre (1936). O estudo do espaço dinâmica organizacional (Martins, 2001) e a perspectiva histórica orientam, metodologicamente, estas análises. Concluiu-se que ainda é perceptível o entrincheiramento de espaços e oportunidades na vida da mulher negra, revelando que apesar da sociedade hoje ser considerada mais reflexiva e contestadora, as práticas de segregação se tornaram apenas mais sutis, na maioria das vezes.
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