Mulheres na dança do movimento Hip Hop: a construção do sujeito reflexivo a partir de uma nova pedagogia de gênero
DOI:
https://doi.org/10.22409/rg.v10i1.35Palavras-chave:
mulheres, dança, hip hop, sujeito reflexivo, pedagogias de gêneroResumo
O estudo interpreta as razões que levam jovens mulheres de Pedra de Guaratiba, periferia oeste do Rio de Janeiro, a se envolver com a dança do movimento hip hop. O grupo é singular, pois 70% são mulheres que dançam o break genuíno. A pesquisa segue proposta de Análise do Discurso do Sujeito Coletivo, que opera um “triálogo” entre o discurso dos sujeitos individuais, sujeito coletivo e etnografia.Os resultados confirmaram os motivos da predominância das mulheres, que dançam pela fruição e pela superação da força por meio da técnica. A motivação para o break, acolhida e estimulada pelos líderes, mostra uma disputa de gênero, em que as dançarinas se incluem a partir da construção de um projeto reflexivo do eu e do pertencimento a um grupo. A proposta favorece a autocrítica feminina na execução do break, mostra o orgulho que o movimento das dançarinas provoca nos líderes e contribui para a valorização da coletividade.