Perdão, meu capitão, eu sou gente para mais além do meu sexo: a militância feminina em organizações da esquerda armada (Brasil, anos 1960-1970)
DOI:
https://doi.org/10.22409/rg.v8i2.175Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar uma análise da especificidade da participação feminina em organizações da esquerda revolucionária. Neste trabalho, pela análise das trajetórias de vida de ex-militantes que fizeram parte das organizações de esquerda armada, procuro compreender as nuanças da particularidade da militância feminina durante o regime civil-militar, período este compreendido entre meados da década de 1960 e 1974. O que perpassa a análise é o quão importantes foram tais atitudes, uma vez que as mulheres estavam alijadas do processo de participação política, até mesmo por uma questão de status sexual hierárquico que estabelecia e legitimava a desigualdade em vários aspectos, tais como os direitos, os deveres e os espaços de circulação e atuação. Ao abraçarem a causa coletiva, elas romperam com o seu papel social estabelecido e principalmente com o seu mundo cotidiano. No bojo deste processo, foram quebradas normas e tabus, toda uma gama de valores que a sociedade carregava e que afetava de forma incisiva a vida da mulher brasileira neste período.Downloads
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Publicado
2012-09-06
Edição
Seção
DOSSIÊ GÊNERO EM CONTEXTOS DITATORIAIS