Rostos invisíveis da violência armada: um estudo de caso sobre o Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.22409/rg.v8i2.182Resumo
Atualmente assistimos à proliferação global de um tipo específico de conflito violento: elevadas concentrações da violência armada em uma escala micro, que ocorrem em grande medida nas áreas periféricas de grandes centros urbanos, e que têm como atores principais (vítimas diretas e perpetradores) jovens de classes sociais marginalizadas. O Brasil, e o Rio de Janeiro em particular, constitui um claro exemplo deste tipo de conflito. Apesar de não viver uma guerra declarada, a cidade tem uma das mais elevadas taxas de mortes por armas de fogo do munto. Este contexto de conflito (armado) violento tem impactos específicos nas vidas de mulehres e homens. No entanto, uma vez que não são consideradas o principal "grupo de risco", os mecanismos existentes são freqüentemente insuficientes para entendermos a complexidade das formas de envolvimento do sexo feminino na violência armada, bem como os impactos que esta violência tem nas suas vidas. Com este artigo, pretendo analisar silêncios e invisibilidades neste cenário: os papéis de mulheres e meninas no contexto específico do Rio de Janeiro, bem como os impactos que a violência perpetrada com armas de foto tem nas suas vidas.Downloads
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