Mulheres na sala de aula”: um estudo acerca do processo de feminização do magistério primário na Corte Imperial (1854-1888)

Autores

  • Marina Natsume Uekane Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22409/rg.v11i1.59

Resumo

A questão da feminização do
magistério primário no século XIX tem
comparecido, enquanto problema na
produção historiográfica, com alguma
regularidade ao longo dos últimos anos.
A centralidade desta temática nos estudos
brasileiros mostra-se imposta pelo próprio
objeto, pois “historicamente o papel de
formação das novas gerações, tanto no interior
do espaço doméstico, quanto nos espaços
formais de educação, foi sendo naturalizado
como atribuição feminina” e, assim, “uma
construção social teria sido submetida a
uma leitura biologizante” a qual relaciona as
mulheres ao exercício de funções no âmbito
privado, em decorrência de uma suposta
natureza. O presente estudo problematiza a
questão da feminização do magistério primário
no século XIX, na Capital do Império, a partir
da reflexão acerca dos modelos de formação
de professores. Utilizei como base para esta
discussão dados referentes à formação de
professores primários nesta localidade, por
meio do modelo legitimado pelo Regulamento
de 17 de Fevereiro de 1854 e por intermédio
do modelo instituído pela Escola Normal da
Corte. A temática da feminização se insere em
um panorama de difusão e estabelecimento
da instituição escolar como espaço privilegiado
para formar futuros cidadãos, a qual se
encontrava em processo de formação.

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Publicado

2012-06-19

Edição

Seção

DOSSIÊ VOZES, MEMÓRIAS E CAMINHOS PERCORRIDOS: NO MASCULINO E NO FEMININO