Gênero, amor e sexo
DOI:
https://doi.org/10.22409/rg.v9i1.105Resumo
Passado um século do aparecimentode textos como Psicologia do coquetismo e
Cultura feminina, de Georg Simmel, o tema
da natureza da mulher permanece presente.
Há muito rompemos, no âmbito das ciências
sociais, com uma noção de natureza imutável
ou com uma visão estreita de socialização. A
compreensão das diferenças entre homens e
mulheres como diferenças culturalmente
e socialmente fundamentais tornou-se, ao
longo do século XX, uma das tarefas mais
importantes das ciências sociais. Além da questão
das diferenças, manifestam-se também
graves desigualdades: no acesso ao mercado
de trabalho, à representação política, dentre
outras. O que este artigo aborda é uma zona
de resistência da diferenciação entre os sexos,
uma zona guardada a sete chaves pelas próprias
mulheres: o mundo dos relacionamentos
amorosos. Homens falam de amor, sofrem
por amor, vivem o amor; “mas é diferente...”,
dizem as mulheres. Esse mundo do amor
parece ser um dos lugares mais recônditos
em que se esconde o princípio da diferença
entre os sexos. Uma diferença que extrapola
a heterossexualidade. A partir de narrativas de
mulheres sobre suas histórias de amor e sexo,
este artigo analisa o discurso feminino sobre a
sexualidade e o sentimento amoroso.
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Publicado
2012-07-03
Edição
Seção
Dossiê: Homossexualidade Feminina: Alguns olhares