Como alguém da família: raça, etnia e o paradoxo da identidade nacional norte-americana

Autores

  • Patrícia Hill Collins Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.22409/rg.v8i1.160

Resumo

As tensões entre os direitos individuais prometidos aos cidadãos dos Estados Unidos e a discriminação contra grupos afro-americanos e grupos étnicos/raciais semelhantes constituem um permanente paradoxo da sociedade norte-americana. Este ensaio examina esta contradição, explorando de que modo uma retórica familiar gendrada contribui para a percepção de raça e de identidade nacional dos Estados Unidos. Baseando-se nas experiências das mulheres afro-americanas para a análise, o artigo sugere que o tratamento de cidadania de segunda classe dispensado às mulheres afro-americanas espelha uma crença de que são "como da família", ou seja, legalmente essas mulheres são parte do Estado-nação estadunidense, mas, ao mesmo tempo, estão internamente subordinadas. Para investidas tais relações, o artigo examina: 1) como a intersecção das hierarquias sociais de raça e etnia fomenta uma compreensão racializada da identidade nacional estadunidense; 2) como a retórica gendrada do idea familiar americano naturaliza e normaliza as hierarquias sociais; e 3) como a retórica da família gendrada incentiva contruções racializadas de uma identidade nacional estadunidense como uma grande família nacional.

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Publicado

2012-09-03

Edição

Seção

DOSSIÊ GÊNERO E RAÇA