Corpo, identidade e a política da beleza
DOI:
https://doi.org/10.22409/rg.v7i2.142Resumo
Perspectivas sociológicas e antropológicas
recentes que focalizam a construção
social do corpo argumentam que a
“materialidade do corpo” e sua construção
cultural e simbólica são indissociáveis e devem
ser entendidas dentro do contexto das relações
de poder – principalmente as de classe,
raça e gênero – de uma ordem social particular.
Também podemos ressaltar que, nas sociedades
“pós-modernas” contemporâneas, imagem
do corpo e práticas corporais tornam-se
elementos reconhecidos e vivenciados como
fundamentais para os processos de construção
identitária: são o locus de numerosas lutas
nas quais as identidades – e uma ampla
gama de recursos sociais e simbólicos – são
objeto de disputas e negociações. Neste trabalho,
apresentamos algumas reflexões teóricas
norteadoras, assim como alguns apontamentos
elaborados a partir do “campo” de
nossas pesquisas empíricas recentemente realizadas,
sobre a política de beleza e práticas
corporais em três grupos muito diferentes:
modelos, travestis e transexuais (de homem
para mulher) e mulheres atletas.
Palavras-chave:
gênero e corpo; corpo e subjetividade;
a política da beleza.