Educar corpos femininos como corpos grávidos – um olhar de gênero sobre a pais & filhos
DOI:
https://doi.org/10.22409/rg.v7i2.143Resumo
O artigo é parte de uma pesquisa
em que, apoiadas nos campos dos Estudos de
Gênero e dos Estudos Culturais que se aproximam
das teorizações pós-estruturalistas de
Michel Foucault, problematizamos alguns dos
modos pelos quais diferentes discursos, da
medicina à educação física, investem sobre o
corpo feminino para educá-lo como corpo
grávido. Para isso, examinamos exemplares da
revista Pais e Filhos, do período de 1968 a
2004, utilizando as estratégias metodológicas
da análise de discurso. Das análises que resultaram,
focalizamos aqui, um movimento que
permite visualizar a emergência de uma lógica,
segundo a qual a educação dos corpos
grávidos se intensifica para produzir diferentes
posições de sujeito: a de mãe cuidadosa
(que cuida e se cuida) e carinhosa; a que abriga
e protege; a nutriz e a responsável pela
produção do filho perfeito. Argumentamos
que esse processo educativo pode ser compreendido
como uma dimensão importante
de um processo contemporâneo mais amplo
que temos definido como “politização do feminino
e da maternidade”.
Palavras-chave:
corpo; gênero; práticas corporais;
maternidade; mídia