Inventando a "mulher paulista": política, rebelião e a generificação das identidades regionais brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.22409/rg.v5i1.222Resumo
As historiadoras feministas acostumaram-se à ausência ou omissão das mulheres como agentes nas narrativas dominantes de episódios dramáticos ou momentos históricos decisivos da vida dos países. Há várias explicações para essa ausência: é possível que as mulheres fossem realmente excluídas da participação, ou seus papéis eram ocultados pelas vozes masculinas dominantes, seja de forma consciente para minimizar a importância das mulheres, seja porque os papéis típicos das mulheres tendem a ser feminizados e, por isso, marginalizados da história. Como deve a historiadora feminista lidar com esses relatos? Foi precisamente o caso e o dilema estudado neste artigo. O episódio analisado é a participação da Mulher Paulista na Revolução Constitucionalista de 1932. O vasto material material de campanha e jornais analisados ressaltam a presença feminina na revolta e este artigo tenta responder a duas questões: Porque os homens falam tanto das mulheres? Tal participação teve implicações na vida delas?Downloads
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