Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo

Autores

  • Joana PLaza Pinto

DOI:

https://doi.org/10.22409/rg.v3i1.260

Resumo

Este trabalho é uma reflexão sobre a Teoria dos Atos de Fala, de J. L. Austin (1998; [1976]). Meu objetivo é oferecer uma interpretação feminista ao problema da relação entre linguagem e corpo. Para isso, baseio-me nas interpretações de Butler (1997; 1999), Derrida (1979; 1990) e Rajagopalan (1989; 1990; 1992; 1996) que se referem ao trabalho de Austin. Discuto que a impossibilidade do controle intencional do ato de fala exclui a unicidade própria à idéia de "efeito mental" e desloca os limites da ação do ato de fala para além da ilocução - para o campo controverso do corpo que fala. O sujeito que fala é aquele que produz um ato corporalmente; o ato de fala exige o corpo. A presença material e simbólica do corpo na execução do ato é uma marca que se impõe no efeito lingüístico. O corpo, como elemento regulado pelas convenções ritualizadas nele inscritas, e performativizado pelo ato que postula sua significação prévia, impede a redução da análise do ato de fala à análise simples das convenções lingüísticas, e exige levar em conta a integralidade da materialidade do corpo que produz o ato. Palavras chave: performatividade; atos de fala; corpo; J. L. Austin; teoria feminista.

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Publicado

2012-12-13

Edição

Seção

ARTIGOS