A CAPILARIZAÇÃO DO COMBATE À IDEOLOGIA DE GÊNERO: PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES E MATABILIDADE
DOI:
https://doi.org/10.22409/rg.v20i2.44568Palavras-chave:
Biopolítica, ideologia de gênero, vida nuaResumo
Neste artigo, discute-se o uso político da categoria “ideologia de
gênero” no cenário político brasileiro. As tentativas de compreensão desse
fenômeno foram mediadas pelas teorias de Michel Foucault e Giorgio Agamben
acerca dos entrelaçamentos de poder, vida e morte na modernidade. Evidencia-se
o acionamento da noção “ideologia de gênero” no espaço público como uma
estratégia de disputa pelo poder político. Demonstra-se que a introdução do
combate à “ideologia de gênero” na agenda política nacional contemporânea
alicerça um projeto conservador antidireitos que intensifica a desvalorização das
vidas dos sujeitos ininteligíveis pela a matriz heteronormativa.