PERCEPÇÕES DAS MULHERES DO JIU-JITSU: ENTRE ENTRAVES E AVANÇOS

Autores

Palavras-chave:

Jiu-Jitsu, Esporte, Gênero.

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar os desafios que mulheres enfrentam na prática do jiu-jitsu brasileiro na percepção de faixas preta do sexo feminino na Cidade do Rio de Janeiro. Foram entrevistadas 16 mulheres, faixa preta de jiu-jitsu, entre 23 e 47 anos, com mais de sete anos de experiência na modalidade. Os resultados evidenciaram três categorias: defesa pessoal, inferioridade nas competições e desigualdade de gênero. Ainda que no contexto atual a participação feminina tenha aumentado, ainda são percebidos desafios e preconceitos para a prática do jiu-jitsu pelo sexo feminino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Cristina Silva, Centro Universitário Gama e Souza

Bacharel em Educação Física

Gabriela Teixeira Santos, Centro Universitário Gama e Souza

Bacharel em Educação Física

Gabriela Conceição de Souza, Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ

Doutora em Ciências do Exercício e do Esporte - UERJ

Felipe da Silva Triani, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestre em Humanidades, Culturas e Artes - UNIGRANRIO

Referências

BRASIL. Presidência da República. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto Nº 4.377, de 13 de setembro de 2002. Promulga a convenção sobre eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, de 1979, e revoga o Decreto nº 89.460, de 20 de março de 1984. Diário Oficial da União, Brasília, 2002.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Tradução Maria Helena Kühner. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007a.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 10ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007b.

CARVALHO, Ana Luisa Marques. Violência contra mulher e feminicídio. Revista eletrônica da Toledo Prudente, Itertemas. v. 32, n. 32 (2016)

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JIU-JITU. Novidade 2014: Rio BJJ pro! Disponível em: https://cbjj.com.br/novidade-2014-rio-bjj-pro/

CORSO, Caroline de Oliveira; GRESS, Flademir Ari Galvão. Lesões do Jiu-Jitsu. Revista Acta Brasileira do Movimento Humano. v.2, n.3, p.11-20. 2012.

ERLINGMARK, Michel. Global Sports Salaries Survey 2018. Forbes, 2018. Disponível em: https://globalsportssalaries.com/GSSS%202018.pdf.

FERNANDES, Vera et al. Mulheres em combate: representações de feminilidades em lutadoras de boxe e MMA. Revista da Educação Física/UEM. v.26, n.3, p.367-376. 2015.

FERRETTI, Marco Antônio de Carvalho. A formação da lutadora: estudo sobre mulheres que praticam modalidades de luta. 2011. 111f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39134/tde-30052011-084826/pt-br.php> Acesso em 28 mai 2019

FORDYCE, T. 'Equal pay is as much a myth as it is a minefield'. BBC Sports, 2016. Disponível em: https://www.bbc.com/sport/tennis/35863208.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: A vontade de saber. v. 1, 7ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2018.

GARCIA, Robeto Alves; SILVA, Nádia Lima da; VOTRE, Sebastião Josué. A luta livre no século XX no Rio de Janeiro. Movimento, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 379-390, 2016.

GOELLNER, Silvana Vilodre. Jogos Olímpicos: a generificação de corpos performances. Revista USP, v. 108, n. 1, p. 29-38, 2016.

GOMES, Bernardo Gomes; MOREIRA, Jorge Felipe Fonseca; TRIANI, Felipe da Silva. As representações sociais de universitários de um curso de Educação Física da zona oeste do Rio de Janeiro sobre o jiu-jítsu brasileiro. Motrivivência, Santa Catarina, v. 31, n. 59, 2019.

GRACIE, Hélio. Gracie Jiu-Jítsu. Saraiva: São Paulo, 2007.

GUIMARÃES, Fernando. Metodologia Educacional do Jiu-Jítsu. Rio de Janeiro: Mimeo, 1998.

LISE, Riqueldi Straub; SANTOS, Natasha; CAVICHIOLLI, Fernando Renato; CAPRARO, André Mendes. A biografia escrita por Reila Gracie e as fontes jornalísticas: revisando a história hegemônica. Movimento, Porto Alegre, v. 23, n. 4, p. 1149-1160, 2017.

MELO, Ana Ruth de; SILVA, Cicera Tayane Soares da. “Está doendo, mas dá para aguentar”: a prática esportiva do jiu-jítsu e suas marcas no corpo dos jovens praticantes. REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 29, 2014, Natal. Anais [...]. Natal: UFRN, 2014.

MIRANDA-RIBEIRO, P.; Moore, A. Papéis de gênero e gênero no papel: Uma análise de conteúdo da Revista Capricho, 2001-2002. Belo Horizonte, MG: Editora da Universidade Federal de Minas Gerais, 2003.

MOURA, Diego Luz; BENTO, Gilmara dos Santos; SANTOS, Felix Oliveira dos; LOVISOLO, Hugo. Esporte, mulheres e masculinidades. Esporte e Sociedade. v.5, n.13, p.1-22. 2010.

MOURÃO, Ludmila. Vozes femininas e o Esporte Olímpico no Brasil. In.: TURINO, Manoel; DACOSTA, Lamartine. Coletânea de textos em estudos olímpicos. 1 ed. Rio de Janeiro: Ed. Gama Filho, p. 831-849, 2002.

RODRIGUES, João Victor de Melo Silva, et al. Jiu-Jitsu brasileiro: notas sobre a transposição da arte marcial para o esporte espetáculo. Arquivos de Ciências do Esporte. v.6, n.1, p.11-14. 2018.

RUFINO, Luiz Gustavo Bonatto; MARTINS, Carlos José. O Jiu-Jitsu brasileiro em extensão. Revista Ciência em Extensão. v.7, n.2, p.84-101. 2011.

GOMES, Bernardo de Oliveira; Moreira, Jorge Felipe Fonseca; TRIANI, Felipe da Silva. As representações sociais de universitários de um curso de educação física da zona oeste do Rio de Janeiro sobre o jiu-jítsu brasileiro. Motriviência, Florianópolis, v. 31, n. 59, p. 1-17, 2019.

MACHADO, Mateus. Revista Tatame, 2019. Disponível em: <https://tatame.com.br/2019/03/16/assim-como-no-brasileiro-mundial-de-jiu-jitsu-da-ibjjf-tera-premiacao-aos-campeoes-confira-os-valores/> Acesso em 27 mai 2019.

MOCARZEL, Rafael; COLUMÁ, Jorge Felipe. Lutas e artes marciais: aspectos educacionais, sociais e lúdicos. SUAM, 2015.

FUNDAÇÃO GETULIO VRAGAS. Rio de Janeiro registrou mais de 28 mil denúncias de mulheres vítimas de violência em 11 anos. Disponível em: <http://dapp.fgv.br/rio-de-janeiro-registrou-mais-de-28-mil-denuncias-de-mulheres-vitimas-de-violencia-em-11-anos/> Acesso em: 23 de maio de 2019

MATTAR, Rosiane; ABRAHÃO, Anelise Riedel; et al Assistência multiprofissional à vítima de violência sexual: a experiência da Universidade Federal de São Paulo. Caderno de Saúde Pública. N.23, v.2, 2007. p. 459-64.

MONTEIRO, Lorena Lucia Cardoso; GARCÍA, Gomes. Wendo: caminho das mulheres. Relações de gênero, representação social e violência: um estudo acerca das práticas de defesa pessoal voltadas para mulheres. Espaço do currículo, v.4, n.1, mar-set, 2011. p.55-65

ROCHA, Deizi Domingues; ZAGONEL, Adriana; BONORINO, Sabrina Lencina. Fatores de aderência e permanência de mulheres nas lutas em Chapecó – SC. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 16, n. 2, , jul./dez. 2018. p. 29-37. Disponível em: http://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/index.

SOUTO, Rafaella Queuriga; SILVA, Carla Carolina; de FRANÇA, Inácia Sátiro Xavier; CAVALCANTI, Alessandro Violência sexual contra mulheres portadoras de necessidades especiais: perfil da vítima e do agressor. Cogitare Enfermagem, vol. 17, n 1, jan-mar, 2012, p. 72-77. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=483648962010> Acesso em: 23 de mai de 2019

SOUZA, Gabriela Conceição; VOTRE, Sebastião Josué. Percepções sobre feminilidade no judô feminino brasileiro de alto rendimento. Anais do XIX Congresso Brasileiro de Ciência do Esporte...Vitória, 2015. Disponível em:

SOUZA, Gabriela Conceição; MOURÃO, Ludmila. Mulheres do tatame: o judô feminino no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X : FAPERJ, 2011.

SOUZA, I. A origem do Jiu-Jitsu brasileiro: fatos e versões. In: ALMADA, R. B.; PAULON, A. C.; FERREIRA, P.S. Caleidoscópio: olhares sobre a extensão. Rio de Janeiro: Editora Triunfar, 2014. 81-86

TINOCO, Jeferson; PINHEIRO, Hélcio; RANGEL, Rafael; SOUZA, Danielle Costa. Dinâmica da defesa pessoal como estratégia para a manutenção de saúde e segurança da mulher. Revista Rede de Cuidados em Saúde. 2017. Disponível em:

Downloads

Publicado

2022-02-18