A OBRA DE RITA LEE ATRAVÉS DAS LENTES EXISTENCIALISTAS DE SIMONE DE BEAUVOIR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/rg.v23i2.49963

Resumo

Através de sua arte, a cantora e compositora – Rita Lee – tornou-se um símbolo de transgressão feminina, no Brasil, tendo influenciado várias gerações com sua música. Este artigo visa, então, a interpretar o discurso desta artista, presente em duas canções: “Corista de Rock” e “De pés no chão”. Para essa análise, serão utilizados conceitos e ideias encontrados nas teorias feministas de Simone de Beauvoir, mais precisamente em O Segundo Sexo, sua obra mais célebre. Serão, portanto, identificadas e analisadas questões como o corpo vivido, a objetificação feminina, a emancipação e a transcendência das mulheres, entre outros elementos existencialistas presentes no discurso cantado de Rita Lee.

   

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Biografia do Autor

Tom Menezes, Universidade Federal do ABC

É Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco, com período sanduíche na Universidad del Salvador (Buenos Aires), sendo especialista em Direito do Trabalho pela Universidade Norte do Paraná. É, desde 2019, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do ABC, no qual realiza pesquisas que envolvem a interface entre filosofia e cinema, confrontando a teórica existencialista Simone de Beauvoir e o cineasta espanhol Pedro Almodóvar. Profissionalmente, atua como Oficial de Justiça Avaliador Federal no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo). Desenvolve pesquisas que englobam interfaces entre filosofia, ciências sociais, cinema e música. Estuda autores como Simone de Beauvoir, Jessé Souza, Suely Rolnik e Adilson Moreira, entre outros. Ademais, realiza estudos interpretativos de obras cinematográficas do cineasta Pedro Almodóvar e de cineastas pernambucanos, além de obras musicais de compositores ligados ao movimento tropicalista.

 

Sue Ellen Vieira, Universidade Federal do ABC

Bacharel, licenciada em Filosofia, pela Universidade Metodista de São Paulo. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do ABC. Bolsista do programa de mobilidade Europhilosophie Erasmus Mundus Toulouse-Barcelona 2019, na Universté Toulouse II Jean Jaurès e na Universitat Autònoma de Barcelona - UAB Barcelona, com a orientação de Jean Christophe Goddard. Vencedora do 2º Prêmio Select de Arte e educação 2018 (Revista Select e CCBB), com o Projeto Ryzoma pornoklasta; uma proposta transdisciplinar de arte, esquizoanálise, clínica social, pedagogia, e filosofia que trabalha a sexualidade como um modo de subjetivacão revolucionário e disruptivo com a força da matripotência como suporte para discussões políticas, científicas e de humanidades acerca do corpo e do prazer feminino. Desde 2015, desenvolve o conceito guarda-chuva de Pornoklastia. Ministrou aulas de filosofia e história como professora concursada da rede SESI entre 2013 e 2014. Experiência como docente desde 2004. Esquizoanalista desde 2018. Ministra cursos acerca da matripotência, squirting contra o patriarcado (curso sobre a morfologia-fisiológica e histórica da glândula parauretral e o resgate de órgãos ocultados por anos pela cis-ciência, como o clitóris e as glândulas parauretrais femininas, além de faculdades e tecnologias do corpo feminino perdidas, como parto orgástico e ejaculação feminina. Trabalhou com José Celso Martinez Correia no Teatro Oficina em 2011; estudou com Gerald Thomas (Teatro Poeira RJ), em 2012. No cinema, atuou em "A bruta flor do querer", vencedor do Festival de Cinema de Gramado, em 2013. Em 2016, coorganizou o II Festival Internacional de Tecnoxamanismo (TCNXMNSM), na Aldeia Pará de indígenas Pataxós. Atualmente, desenvolve, com Paula Ferreira Alves, um longa metragem experimental, mantém uma pesquisa sobre matripotência e maternagem como pré-projeto de doutorado e mantém os atendimentos na @casabucetyka, da qual é fundadora. Pesquisa autores, como Foucault; P. B. Preciado; J. Butler; Angela Davis; Silvia Federici; Deleuze e Guatari; Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí; Oswald de Andrade; Fanon; Françoise Verger; Mbembe; Sidarta Ribeiro; Antonio Risério; Leminski; Kopenawa; Anne Sprinkle; Diana Torres; Jae Jarrell; Betye Saar; Senga Nengudi; e Grada Kilomba.

 

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Publicado

2024-05-22

Edição

Seção

TEMA LIVRE