DRAG QUEENS: PARA ALÉM DA DICOTOMIA MASCULINO/FEMININO
Resumo
Este artigo analisa a problematização das dicotomias tidas como naturais, principalmente masculino/feminino e heterossexualidade/homossexualidade. Até que ponto são posições realmente opostas? Assim, buscamos discutir como as fronteiras do masculino e feminino tornam-se difusas na construção da drag, acionando algumas entrevistas de drag queens
disponíveis nos canais do YouTube, entendendo essa divulgação como processo educativo e constituidor de sujeitos. Adotamos como perspectiva teóricometodológica os estudos de Judith Butler, principalmente os que discutem a performatividade de gênero e as dicotomias que marcam nossa sociedade como heteronormativa: uma sociedade que toma a heterossexualidade como norma, classificando as demais formas de expressão como antinorma.