A participação da mulher na economia solidária

uma análise a partir da desigualdade de gênero no Brasil

Autores

  • Amanda Olímpio Rubim Universidade Federal Fluminense
  • Vanuza da Silva Pereira Ney Universidade Federal Fluminense

Resumo

A Economia Solidária é um movimento que busca promover igualdade por meio do viés solidário, reduzindo a competitividade trazida pelo capitalismo. Ela acaba sendo uma forma alternativa à Economia de Mercado - que busca ser competitiva em todos os seus âmbitos-, e tem como principal foco a gestão de recursos humanos e naturais de maneira totalmente autônoma com o objetivo de reduzir as desigualdades a médio e longo prazo. A Economia Solidária ressignifica o objetivo do lucro, e transforma toda a receita gerada pelo trabalho em retorno para a sociedade em geral, e não de uma forma seletiva como acontece com o lucro na Economia de Mercado. O maior objetivo da Economia Solidária é promover a igualdade entre todos os membros da sociedade, ao contrário da competitividade, e para isso, é necessário que todos os membros dessa sociedade cooperem entre si ao invés de competir. A partir desse arcabouço teórico, é que se constrói este trabalho. Porém, sob a ótica da Economia Solidária voltada para a desigualdade de gênero no Brasil. O objetivo geral deste trabalho é identificar e analisar como a questão de gênero é abordada nos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) no Brasil. Estando entre os objetivos específicos: (i) indicar as razões pelas quais o mercado de trabalho e a sociedade em si é tão desigual para com as mulheres; (ii) analisar os princípios da Economia Solidária, bem como seu contexto histórico; (iii) analisar a atuação da Economia Solidária para a redução dos impactos da desigualdade de gênero no mercado de trabalho e os desafios enfrentados. O problema a ser abordado é: de que forma a Economia Solidária atua para a redução das desigualdades de gênero? A hipótese na qual as evidências são apresentadas, resumem-se na redução das desigualdades de gênero por parte da Economia Solidária. A metodologia utilizada no presente trabalho consiste em duas etapas. Na primeira etapa é feita uma revisão bibliográfica dos principais autores da Economia Solidária, como Singer (2002). Também é dada ênfase para autores que abordam a Economia Solidária e Gênero, como Schneider (2010). Na segunda etapa, será abordada pesquisas quantitativas e qualitativas através de dados fornecidos por pesquisas relacionadas e dados levantados pelo IBGE (2020). A conclusão é de que os fatos históricos que envolvem a inserção da mulher no mercado de trabalho de fato impactaram na questão da desigualdade de gênero. Assim sendo, a Economia Solidária surge como uma alternativa econômica que comprovadamente contribui para a redução das desigualdades em geral e consequentemente, a desigualdade de gênero. Dessa forma, sugere-se que as autoridades enfatizem o olhar para a Economia Solidária, como uma solução para as desigualdades, e a fomentem nas áreas em que mais precisam.

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Biografia do Autor

Amanda Olímpio Rubim, Universidade Federal Fluminense

Graduanda em Ciências Econômicas, Departamento de Ciências Econômicas de Campos, Campos dos
Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil

Vanuza da Silva Pereira Ney, Universidade Federal Fluminense

Professora Adjunta, Departamento de Ciências Econômicas de Campos, Campos dos Goytacazes, Rio de
Janeiro, Brasil.

Referências

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores Sociais:estrutura econômica e mercado de trabalho. Rio de Janeiro: IBGE, 2020.

SCHNEIDER, Élen Cristiane. As potencialidades da Economia Solidária na Redução das desigualdades de gênero. Protestantismo em Revista, São Leopoldo, v. 23, p. 11–20, 2010.

SINGER, Paul. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.

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Publicado

2022-12-19

Como Citar

RUBIM, A. O. .; NEY, V. DA S. P. . A participação da mulher na economia solidária: uma análise a partir da desigualdade de gênero no Brasil. Anais da Semana de Economia (Campos), v. 2, n. 1, p. 23-24, 19 dez. 2022.