MAPEAMENTO DAS TRILHAS DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA TIRIRICA (RJ): PLANEJAMENTO PARA A GESTÃO DO USO PÚBLICO

Autores

  • Bruno Fernandes G. Cova Universidade Federal Fluminense
  • Douglas de Souza Pimentel Universidade Federal Fluminense (UFF) Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Resumo

O Parque Estadual da Serra da Tiririca representa um caso emblemático de área protegida cercada por uma malha urbana. O uso público dessas trilhas pode causar grandes impactos que devem ser monitorados e mitigados. Entre muitos problemas relacionados à utilização de trilhas, há a compactação e erosão do solo, aparecimento de voçorocas e ravinas, movimentos de massa graves, aparecimento de espécies exóticas, queimadas, vandalismo, entre outros. O uso público dessas trilhas é agravado pelo fato desse parque estadual não ter ainda um plano de manejo. Além disso, é esperado um aumento da visitação, relacionado aos grandes eventos esportivos no Rio de Janeiro. Esse trabalho objetiva mapear e gerar uma descrição de trilhas do Parque com o intuito de monitorar, evitar ou mitigar impactos relacionados aos diferentes usos. Os inícios da trilha do Bananal e do Morro das Andorinhas estão bastante impactados. A segunda precisa ser estruturada para o trabalho de Educação Ambiental com crianças. Então mais do que nunca é preciso lutar e preservar para os futuros visitantes essas áreas que guardam além da riqueza natural da Mata Atlântica, um passado de ocupação histórico-cultural que marca o processo de formação sócio-espacial do estado do Rio de Janeiro.

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Biografia do Autor

Douglas de Souza Pimentel, Universidade Federal Fluminense (UFF) Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense. Coordenador do Grupo de Estudos Interdisciplinares do Ambiente (GEIA)

Referências

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Publicado

2013-12-31