SAMBAQUIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: MUSEALIZAÇÃO COMO FORMA DE PRESERVAÇÃO

Autores

  • Alícia Bertoloto Tagliolatto
  • Anderson Passos
  • Gabriela Marques
  • Iuri Pacheco
  • Luciano Rapagnã
  • Melanie Lopes da Silva
  • Thayse Cristina Pereira Bertucci

Resumo

Sítios arqueológicos distribuídos ao longo da costa brasileira, os sambaquis, evidenciam e permitem a recuperação de informações sobre o homem e o ambiente de milênios atrás através de vestígios deixados por populações humanas. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação prevê a preservação desses sítios que pode ser realizada através da criação de Unidades de Conservação ou Museus Arqueológicos. Como consequência, tem-se a valorização e a preservação da história e da memória cultural na ocupação indígena, além da consolidação da proteção ao patrimônio cultural. O presente trabalho consiste na avaliação das leis que conferem a preservação dos sambaquis, no estudo de dois modelos de conservação: Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba (Rio das Ostras/RJ) e Museu do Sambaqui da Beirada (Saquarema/RJ)  e, por fim, na proposta de um modelo de conservação para os Sambaquis da Ilha de Cabo Frio (Arraial do Cabo/RJ) inseridos em uma área de proteção, RESEX-MAR Arraial do Cabo.

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Biografia do Autor

Alícia Bertoloto Tagliolatto

Universidade Federal Fluminense, Pós-graduação em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, Campus do Valonguinho, Outeiro São João Batista, s/nº. CEP: 24.020-141, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Anderson Passos

Universidade Federal Fluminense, Pós-graduação em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, Campus do Valonguinho, Outeiro São João Batista, s/nº. CEP: 24.020-141, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Gabriela Marques

Universidade Federal Fluminense, Pós-graduação em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, Campus do Valonguinho, Outeiro São João Batista, s/nº. CEP: 24.020-141, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Iuri Pacheco

Universidade Federal Fluminense, Pós-graduação em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, Campus do Valonguinho, Outeiro São João Batista, s/nº. CEP: 24.020-141, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Luciano Rapagnã

Universidade Federal Fluminense, Pós-graduação em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, Campus do Valonguinho, Outeiro São João Batista, s/nº. CEP: 24.020-141, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Melanie Lopes da Silva

Universidade Federal Fluminense, Pós-graduação em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, Campus do Valonguinho, Outeiro São João Batista, s/nº. CEP: 24.020-141, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Thayse Cristina Pereira Bertucci

Universidade Federal Fluminense, Pós-graduação em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, Campus do Valonguinho, Outeiro São João Batista, s/nº. CEP: 24.020-141, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

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Publicado

2015-12-31