ASPECTOS GERAIS DO PROGRAMA DE USO PÚBLICO DO PARQUE ESTADUAL DE CAMPOS DO JORDÃO-SP

Autores

  • Heros Augusto Santos Lobo Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba, Depto. de Geografia, Turismo e Humanidades

Palavras-chave:

Áreas Naturais Protegidas, Ecoturismo, Uso Público, Plano de Manejo

Resumo

Os Parques são uma categoria de Unidade de Conservação que permite Uso Público para fins turísticos. Este uso é preconizado na forma de ecoturismo, sendo também compreendido, por uma questão do enfoque adotado, como turismo sustentável. O Parque Estadual de Campos do Jordão está entre as mais visitadas Unidades de Conservação com controle de acesso do Estado de São Paulo. Todavia, a maioria das atividades e serviços disponíveis para o público, bem como perfil predominante de visitação, não se assemelham aos preceitos de ecoturismo e turismo sustentável. Assim, realizou-se a análise de um diagnóstico para o uso público do Parque, o qual resultou em uma matriz estratégica para a gestão. As principais forças impulsoras identificadas para o uso público foram a ausência de grandes conflitos entre os atores envolvidos, a visibilidade e acessibilidade do Parque e seu elevado número de visitantes. As forças contrárias mais evidentes foram a deficiência de infraestrutura, de recursos humanos e o perfil do público, aparentemente pouco interessado pelas possibilidades de roteiros ecoturísticos no Parque. Com isso, desenvolveu-se um Programa de Uso Público baseado em diretrizes, objetivos, indicadores e linhas de ação, cujo enfoque central considerou cinco aspectos principais: infraestrutura de visitação e divulgação; manejo de trilhas; recursos humanos; gestão da visitação e envolvimento da comunidade local. As conclusões ressaltam a necessidade de que o Programa de Uso Público – bem como todo o Plano de Manejo elaborado – seja implantado, de forma a se tornar uma ferramenta prática para a gestão, não uma orientação teórica ou mesmo o cumprimento de uma obrigatoriedade legal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Heros Augusto Santos Lobo, Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba, Depto. de Geografia, Turismo e Humanidades

Bacharel em Turismo. Especialista em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Florestais. Mestre em Geografia. Doutor em Geociências e Meio Ambiente. Docente da Universidade Federal de São Carlos/SP

Referências

AAKER, D.A. Administração estratégica de mercado. 9.ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 402 p.

ALESP – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Lei n° 10.426, de 8 de dezembro de 1971. Dispõe sobre a criação das estâncias. Disponível em: <http://www3.al.sp.gov.br/doc-e-informacao/legislacao/coletaneas-tematicas-de-leis/temas?idTema=2>. Acesso em: 23.jan.2013.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Ministério da Indústria, Comércio e Turismo. IBAMA. EMBRATUR. Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo. Brasília: EMBRATUR, 1994. 48 p.

BRASIL. Lei n. 9985 de 18 de julho de 2000. Sistema nacional de unidades de conservação. Disponível em <https://www.presidencia.gov.br>. Acesso em: 4 dez. 2005.

BUTLER, R.W. The concept of a tourist area-cycle of evolution: implications for the management of resources. Canadian Geographic, v.14, p.5-12, 1980.

CAMPOS DE JORDÃO E REGIÃO CONVENTION & VISITORS BUREAU. Guia oficial outono / inverno 2012. Campos do Jordão: CJRC & VB, 2012. 74 p.

CIIAGRO – CENTRO INTEGRADO DE INFORMAÇÕES AGROMETEOROLÓGICAS. CIIAGRO online. Disponível em <http://www.ciiagro.sp.gov.br/ciiagroonline/Quadros/QTmedPeriodo.asp>. Acesso em: 23.jan.2013.

EAGLES, P.F.J.; McCOOL, S.F.; HAYNES, C.D. Sustainable tourism in protected areas: guidelines for planning and management. Gland: IUCN, 2002. 183 p.

FENNEL. D. Ecotourism. 2.ed. London and New York: Routledge, 2003. 233 p.

FUNDAÇÃO FLORESTAL. EKOS BRASIL. Plano de manejo do Parque Estadual de Campos do Jordão. São Paulo: Fundação Florestal, 2013. p.i.

GOODWIN, H. Local community involvement in tourism around National Parks: opportunities and constrains. Current Issues in Tourism, v.5, n.3-4, p.338-360, 2002.

LOBO, H. A. S. ; PERINOTTO, J. A. J. ; BOGGIANI, P. C. . Tourist carrying capacity in caves: main trends and new methods in Brazil. In: 6th CONGRESS OF INTERNATIONAL SHOW CAVES ASSOCIATION, 2010, Liptovsky Mikulas. Proceedings. Liptovsky Mikulas: State Nature Conservance of the Slovak Repubic, 2010. v.6. p.108-115.

MINISTÉRIO DO TURISMO. São Paulo arredores. Disponível em: <http://www.roteirosdobrasil.tur.br/estado_sp_saopaulo.html>. Acesso em: 21.jan.2013.

NEIMAN, Z. Estudo sobre as motivações para o comportamento pró-ambiente: o potencial transformador do contato com a natureza. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v.4, p.206-214, 2009.

PIRES, P. dos S. Dimensões do ecoturismo. São Paulo: SENAC, 2002. 272 p.

PIVOTT, C. O turismo e a produção social do espaço urbano: estudo sobre Campos do Jordão, SP. 2006. 346 p. Dissertação de Mestrado (Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade do Vale do Paraíba. 2006.

ROSS, S.; WALL, G. Ecotourism: towards congruence between theory and practice. Tourism Management, v.20, p.123-132, 1999.

SÃO PAULO (Estado). SECRETARIA DE TURISMO. DEPARTAMENTO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DAS ESTÂNCIAS (DADE). Estâncias. Disponível em: <http://www.turismo.sp.gov.br/dade/estancias.html>. Acesso em: 23.jan.2013a.

SÃO PAULO (Estado). Estâncias hidrominerais. Disponível em: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/turismo_estancias-hidrominerais>. Acesso em: 23.jan.2013b.

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Programa trilhas de São Paulo. Disponível em: <http://trilhasdesaopaulo.sp.gov.br/>. Acesso em: 15.jun.2014.

SEATON, A.V.; PALMER, C. Understanding VFR tourism behavior: the first five years of the United Kingdom tourism survey. Tourism Management, v.18, n.6, p.345-355, 1997.

SECRETARIA DE TURISMO. Circuitos turísticos. Disponível em: <http://www.turismo.sp.gov.br/regioes/circuitos-turisticos.html>. Acesso em: 21.jan.2013a.

SECRETARIA DE TURISMO. Rota franciscana Frei Galvão. Disponível em: <http://www.rotafranciscana.com.br/rota/WebForms/default.aspx>. Acesso em: 21.jan.2013b.

WÖBER K.W. Standardizing city tourism statistics. Annals of Tourism Research, v.27, n.1, p. 51-68, 2000.

Downloads

Publicado

2014-12-31