INDICADORES GEOECOLÓGICOS COMO SUBSÍDIO AO PLANEJAMENTO E USO DE TRILHAS

ESTUDO DE CASO DAS TRILHAS DA FLORESTA NACIONAL DE RITÁPOLIS – MINAS GERAIS

Autores

  • Arlon Cândido Ferreira Universidade Federal Fluminense https://orcid.org/0000-0003-0075-7989
  • Geraldo Majela Moraes Salvio Professor e pesquisador em Ecologia e Biologia da Conservação no Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais https://orcid.org/0000-0002-3953-1349
  • Luiz Renato Vallejo Universidade Federal Fluminense
  • Múcio do Amaral Figueiredo Universidade Federal de São João del-Rei

Palavras-chave:

Floresta Nacional de Ritápolis, Trilha, Indicadores

Resumo

Com a saturação do turismo convencional e o surgimento de novas modalidades de turismo, as áreas naturais protegidas vêm recebendo um fluxo crescente de visitantes para prática do turismo natural (atividade turística que utiliza o Patrimônio Natural), tendo como consequência o aumento da pressão dos recursos naturais, ampliando a preocupação com os impactos negativos gerados por tal atividade. Para a prática desse turismo, em quase sua totalidade, as trilhas são utilizadas como ligação e meio de contato entre o homem e a natureza. No entanto, esse contato acaba provocando impactos negativos nas trilhas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o uso das trilhas e avaliar suas condições, bem como propor alternativas de manejo que possam promover o uso sustentável de duas trilhas (Macaúbas e Ferrovia) localizadas na Floresta Nacional de Ritápolis - MG. Os dados obtidos permitiram avaliar os impactos causados pelo uso das trilhas, assim propomos algumas alternativas de manejo para diminuição e mitigação dos impactos causados nas trilhas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Arlon Cândido Ferreira, Universidade Federal Fluminense

Graduado em Geografia (Licenciatura/Bacharelado) pela Universidade Federal de São João del-Rei. Especialista em Planejamento e Gestão de Áreas Naturais Protegidas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IFSUDESTE-MG). Mestre em Geografia pela Universidade Federal de São João del-Rei, desenvolvendo a dissertação na área de concentração Análise Ambiental e Territorial. Doutorando do Curso de Pós-Graduação em Geografia na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Geraldo Majela Moraes Salvio, Professor e pesquisador em Ecologia e Biologia da Conservação no Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais

Biólogo e ambientalista. Mestre em Ciências Biológicas – Comportamento e Ecologia Animal (UFJF) e Doutor em Engenharia Florestal (UFLA). Líder do Grupo de Pesquisa e coordenador do Curso de Pós Graduação em Planejamento e Gestão de Áreas Naturais Protegidas (IFSUDESTEMG). Professor e pesquisador em Ecologia e Biologia da Conservação no IFSUDESTEMG. Curador do Museu de História Natural Diaulas Abreu. Membro da Society for Conservation Biology (SCB) e diretor da Sociedade de Ecologia do Brasil (SEB). É fundador e atual Presidente Nacional da ONG Grupo Brasil Verde. Autor do livro Áreas Naturais Protegidas e Indicadores Socioeconômicos: o desafio da conservação da natureza publicado em 2017. Em 2016, recebeu o prêmio Gobernador Enrique Tomás Cresto concedido pelo Senado da Argentina pela distinção como líder para o desenvolvimento na América Latina. Em 2019 recebeu a Medalha IFEC de Cidadania outorgada pelo Instituto Interamericano de Fomento a Educação, Cultura e Ciência, órgão afiliado a ONU, por sua reconhecida ação nacional e internacional em prol da dignidade da vida sob todas a suas formas. Membro da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (CMAP) da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)

Luiz Renato Vallejo, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1977), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2005). Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense, atuando desde 1978. Tem experiência nas áreas de Ecologia Geral e Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: unidades de conservação, uso público em unidades de conservação, impactos ambientais, conflitos sócio-ambientais e educação ambiental.

Múcio do Amaral Figueiredo, Universidade Federal de São João del-Rei

Possui doutorado em Ciências Naturais (2004) realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, sediado na Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto, com ênfase em Geologia Ambiental e Conservação de Recursos Naturais; e mestrado em Geografia (1999) realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia, sediado no Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais, com ênfase em Análise Ambiental; além de Bacharelado em Geografia (1994) pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais. É Professor no Departamento de Geociências (DEGEO) e no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGeog) da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Atua na área das Geociências, com ênfase em Geomorfologia/Pedologia/Geoecologia; Análise Ambiental; e Geoconservação/Geodiversidade/Geoturismo/Geopatrimônio.

Referências

AGATE, E. Footpaths: a practical conservation handbook. Berkshire, Wembley Press. 1983. 192 p.

ANDRADE, W. J. Implantação e manejo de trilhas. In: MITRAUD, S. (Ed.) Manual de ecoturismo de base comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF. p.247- 259. 2003.

BARROS, M. I. A. Caracterização da visitação dos visitantes e avaliação dos impactos ecológicos e recreativos do planalto do Parque Nacional do Itatiaia. 2003. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2003.

BRASIL. Lei Federal no 9.985. Regulamenta o art. 225, parágrafo 1, incisos I, II, III e IV da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, 2000. 14p.

BRASIL. Decreto s/n, de 21 setembro de 1999. Cria a Floresta Nacional de Ritápolis, no estado de Minas Gerais e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 21 set. 1999. p. 45.

COLE, D. N.; LANDRES, P. B. Indirect effects of recreation on wildlife. In. KNIGHT, R. L.; GUTZWILLER, K. J. (Eds). Wildline and recreationists: coexistence through management and research. 1º ed. Washington: Island press. p. 183-202. 1995.

FIGUEIREDO, M. A.; BRITO, I. A.; SANTANA, W. A.; ROCHA, C. T. V. Compactação do solo em trilhas de unidade de conservação. Revista Mercator, v.9, n.19, p.165-174, 2010.

FONSECA FILHO, R. E. Qualidade do solo como um geoindicador de alterações ambientais no Parque Nacional da Serra do Cipó. 2012. 119f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2012.

GUIMARÃES, B. M. M.; FILHO, J. A. C.; LEAL, M. C. Paisagem das Vertentes: Caderno 1. São João del-Rei: UFSJ, 100p. 2008.

HAMMIT W. E.; COLE D. N. Wildland recreation: ecology and management. 2a. ed. New York, John Wiley & Sons, 361 p. 1998.

LECHNER, L. Planejamento, implantação e manejo de trilhas em unidades de conservação. Caderno de Conservação – Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. Ano 03.no 3. Curitiba, 2006.

MAGRO, T. C.; TALORA, D. C. Planejamento de manejo de trilhas e impactos na flora. In: I Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas, 2006, Rio de Janeiro. Anais do I Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas. Rio de Janeiro: Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 2006.

MAGRO, T. C. Impactos do uso público em uma trilha no planalto do Parque Nacional do Itatiaia. 1999. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1999.

MARCHÃO, R. L.; BALBINO, L. C.; SILVA, L. M.; SANTOS JÚNIOR, J. D. G.; SÁ, M. A. C.; VILELA, L.; BECQUER, T. Qualidade física de um Latossolo Vermelho sob sistemas de integração lavoura-pecuária no Cerrado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.42, p.873-882, 2007.

PROUDMAN, R. D. AMC field guide to trail buiding and maintenance. S.L.p., Apallachian Mountain Club, 192p. 1977.

RONCERO-SILES, M. F. Efeitos do pisoteio humano experimental sobre a vegetação em fragmentos de Floresta Pluvial Tropical Atlântica. 2009. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo. 2009.

TORRES, E. C.; BERTOLINO, M. I.; VILLA, N. M. Trilha urbana no córrego da mata em Londrina (PR). Revista Geografia (Londrina), v.20, n.2, p.201-214, 2011.

VASCONCELLOS, J. M. O; OTA, S. Atividades ecológicas e planejamento de trilhas interpretativas. Maringá. Departamento de Agronomia, UEM, 2000.

Downloads

Publicado

2020-12-31