“As pessoas fazem com que você consiga se adaptar”
O papel do suporte social e de outros fatores na adaptação de refugiados
Mots-clés :
Refúgio. Adaptação. Psicologia Social.Résumé
O número de refugiados no Brasil tem crescido intensamente, tornando necessário estudar essa realidade para acolhê-los e integrá-los de modo mais efetivo. O objetivo principal da pesquisa foi identificar aspectos comuns que favoreçam ou dificultem a adaptação dos refugiados a São Paulo a partir de entrevistas semiestruturadas em profundidade com três refugiados, posteriormente transcritas e exploradas a partir da Análise de Conteúdo. Emergiram categorias de análise – Passado, Presente e Futuro –, discutidas a partir da Psicologia Social, representadas com foco em estudos sobre memória social e psicologia intercultural. O suporte social – entendido como ações de acolhimento tanto do Estado quanto de instituições do terceiro setor e as provenientes de relacionamentos interpessoais – apareceu como elemento fundamental na adaptação do refugiado, que se dá em um processo da mão dupla: assim como o sujeito precisa buscar para si uma qualidade de vida, o novo país também precisa ir ao encontro de suas necessidades.
Téléchargements
Références
ACNUR BRASIL. Governo e ACNUR lançam relatório Refúgio em Números e Plataforma Interativa sobre Reconhecimento da Condição de Refugiado no Brasil. 2019. Disponível em shorturl.at/mACO9https://www.acnur.org/portugues/2019/07/25/governo-e-acnur-lancam-relatorio-refugio-em-numeros-e-plataforma-interativa-sobre-reconhecimento-da-condicao-de-refugiado-no-brasil/. Acesso em 10 de dezembro de 2022.
ADICHE, C. N. We should all be feminists. London: Fourth Estate, 2014.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.
BAZZO, G. Maioria dos pedidos de refúgio negados pelo Brasil é motivada por razões econômicas. G1, [S. l.], 2018. Disponível em shorturl.at/lnrZ7. Acesso em 7 de setembro de 2020.
BBC. Brasileiro é mais tolerante à entrada de refugiados do que média internacional, mostra pesquisa. BBC News Brasil, [S. l.], Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48683509. Acesso em 21 de agosto de 2020.
BORBA, D. Resiliência da esposa na expatriação. In: ARAUJO, C. A.; MELLO, M. A.; RIOS, A. M. G. (orgs.). Resiliência: teoria e práticas de pesquisa em psicologia. São Paulo: Ithaka Books, 2011. p. 108-133.
BOSI, E. O tempo vivo da memória: ensaios de Psicologia Social. 2. ed. Cotia: Ateliê Editorial, 2004.
BRITO, S. Imigrantes fazem bem à economia, conclui estudo. Veja São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em https://veja.abril.com.br/ciencia/imigrantes-fazem-bem-a-economia-conclui-estudo/. Acesso em 9 de fevereiro de 2021.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Especialistas denunciam dificuldades de venezuelanos que pedem refúgio no Brasil. Brasília, DF, 2019. Disponível em https://www.camara.leg.br/noticias/574304-especialistas-denunciam-dificuldades-de-venezuelanos-que-pedem-refugio-no-brasil/. Acesso em 7 setembro de 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília, DF, 2012. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. Acesso em 4 out. 2020.
CHUA, A. Battle hymn of the tiger mother. London: Penguin Books, 2011.
COMITÊ NACIONAL PARA OS REFUGIADOS (CONARE). Refúgio em números. 4. ed. Brasília, DF: Ministério da Justiça e Segurança Pública, 2019. Disponível em shorturl.at/bpT47. Acesso em 31 de julho de 2019.
DANTAS, S. Saúde mental, interculturalidade e imigração. Revista USP, São Paulo, 114, 55-70, 2017.
EVANS, W. N.; FITZGERALD, Daniel. The economic and social outcomes of refugees in the United States: evidence from the ACS. Nber working paper series, 23498, jun. 2017. Disponível em shorturl.at/clnrxhttps://deliverypdf.ssrn.com/delivery.php?ID=168089005022002074079122030073098108014069006038058066023036036005022031055048087038118061092091126016009094047038052112007090104089021087106071064071124106086073103026015075081098075092099096124&EXT=pdf&INDEX=TRUE. Acesso em 10 de dezembro de 2022.
FERNANDES, D.; FARIA, A. V. O visto humanitário como resposta ao pedido de refúgio dos haitianos. Revista Brasileira de Estudos de População, 34, 1, 145-161, 2017. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/rbepop/v34n1/0102-3098-rbepop-34-01-00145.pdf. Acesso em 7 de setembro 2020.
FRANÇA, R. A.; RAMOS, W. M.; MONTAGNER, M. I. Mapeamento de políticas públicas para os refugiados no Brasil. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 19, 1, 89-106, 2019.
FREUD, S. Luto e melancolia. In: FREUD, S. A história do movimento psicanalítico, artigos sobre a metapsicologia e outros trabalhos (1914-1916). Rio de Janeiro: Imago, 2006. p. 249-270.
GALINA, V. F. et al. A saúde mental dos refugiados: um olhar sobre estudos qualitativos. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 21, 61, 297-308, 2017.
GOMES, R. Análise e Interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: MINAYO, M. C. S., DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Editora Vozes, 2011. p. 79-108.
LA GARZA, C. Xenofobia. Laboreal, 7, 2, 2011.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Genebra, 1948.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Facet definitions and questions. Geneva: OMS, 1995.
PRADO, M. A. M.; ARAÚJO, S. A. Políticas de atendimento a migrantes e refugiados no Brasil e aproximações da psicologia. Psicologia Política, 19, 46, 570-583, 2019.
VIEIRA, A. L. Registro de migrantes sobe, mas Brasil reconhece mil refugiados. R7, 2019. Disponível em https://noticias.r7.com/internacional/registro-de-migrantes-sobe-mas-brasil-reconhece-mil-refugiados-04022019. Acesso em 7 de setembro de 2020.
WEINTRAUB, A. C. A. M. (2011). Saúde mental e refugiados: interfaces entre o universal e o relativo no direito à saúde. In: RAMOS, A. C.; RODRIGUES, G.; ALMEIDA, G. A. (orgs.). 60 anos de ACNUR: perspectivas de futuro. (). São Paulo: Editora CL-A Cultural. p. 147-160.
Téléchargements
Publié-e
Versions
- 2023-03-30 (2)
- 2023-03-30 (1)
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Ayvu: Revista de Psicologia 2023
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Autores que publicam na Ayvu - Revista de Psicologia concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.